Um técnico argentino, um atleta dos EUA naturalizado e quatro brazucas da NBA são a esperança do Brasil no mundial de basquete que se inicia.
O técnico vencedor argentino Rubén Magnano, responsável pelo ouro olímpico da Argentina nos Jogos de 2004, superando o até então imbatível time dos EUA na semifinal; o atleta norte-americano naturalizado brasileiro Larry Taylor, que já participou da fortíssima liga universitária dos EUA; e quatro brazucas da NBA (Leandrinho, Varejão, Nenê e Tiago Splitter) são os protagonistas do Brasil no mundial de basquete que começa neste final de semana.
O último resultado positivo do Brasil na competição foi em 1978, quando ficou em terceiro lugar. Naquela época, até algumas escolas pararam para os alunos acompanharem o time brasileiro na competição. O torneio estava sendo transmitido de forma inédita pela televisão. O basquete era o esporte número 2 no País.
Depois, o selecionado de basquete brasileiro masculino entrou numa draga sem tamanho, perdendo para o vôlei o posto de segundo esporte favorito dos brasileiros. A seleção feminina nacional até que conseguiu bons resultados depois, mas tem mais de um década isso: campeã mundial em 1994 e nas Olimpíadas foi prata em 1996 e bronze em 2000.
Agora, tenta se reerguer. O histórico recente é razoável. Foi bem nos Jogos Olímpicos de Londres ficando em um honroso 5° lugar, mas estavam lá os jogadores que atuam na NBA.
Aqui no Brasil, apesar da reformulação da competição nacional, chovem críticas à formação de atletas nos clubes. De vez em quando, em alguns torneios internacionais, o Brasil conta somente com jogadores que atuam na liga local, ou por que os que jogam no exterior não conseguem liberação para fazer parte da equipe, ou não querem participar mesmo. Os resultados costumam ser desastrosos nas competições com a configuração somente de brasileiros.
Nesse mundial, além de quatro que jogam na NBA, o Brasil possui ainda dois atletas que disputam a poderosa liga espanhola: Marcelinho Huertas e Raulzinho. O Brasil não se classificou nas eliminatórias para o mundial e acabou entrando no torneio como convidado.
É o time que temos. Mas é por ele que torceremos. Vai Brasil!
Augusto Diniz