MANOEL FAÇANHA
Uma triste realidade para o país do futebol. Uma pesquisa divulgada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ontem (23), mostra que mais de 80% dos jogadores que atuam no país ganham até R$ 1.000 de salário, considerando os valores registrados nos contratos de trabalho.
De acordo com a pesquisa, feita pela Diretoria de Registro e Transferência da CBF, o Brasil tem 28.203 jogadores sob contrato no futebol, sendo 83 estrangeiros. Desses, 23.238 atletas recebem até R$ 1.000,00 – o equivalente a 80%.
O futebol acreano está inserido no percentual dos 80%, pois a grande maioria dos clubes locais paga até R$ 1 mil de salários aos seus jogadores.
O relatório aponta ainda que outros 13% recebem seus vencimentos dentro da faixa salarial de R$ 1 mil a R$ 5 mil.
Vale sempre lembrar que esses valores são os que constam no contrato de trabalho. É bastante comum no Brasil os clubes dividirem o salário do jogador em um montante na carteira assinada e outro por fora de direitos de imagem – e nesse último é onde entra a maior parte do valor em muitos casos, principalmente de atletas mais badalados e caros.
O relatório aponta ainda que apenas 226 jogadores estão incluídos no que pode ser considerado atleta de elite do futebol brasileiro, com salários superiores a R$ 50 mil. O estudo aponta que 78 desses receberam entre R$ 100 mil e R$ 2000 mil, 35 ganharam entre R$ 200 mil e R$ 500 mil e apenas um teve salário superior a R$ 500 mil no ano passado. O atleta é Alexandre Pato, ex-Corinthians e São Paulo, transferido para o futebol inglês.
O país tem, sempre de acordo com a pesquisa, 776 times profissionais, 435 amadores e 27 formadores.
NÚMERO
1.212
jogadores se transferiram do Brasil para o exterior em 2015, enquanto 648 chegaram ao país.