Não é só mais um jogo esse que o Atlético Acreano vai fazer neste domingo, 13 de agosto de 2017. Esse é o jogo que pode alçar o glorioso Galo do segundo distrito de Rio Branco a um patamar mais importante dentro das diversas séries do futebol brasileiro. O salto da série D para a C.
No ano passado quase que o Atlético conseguiu essa façanha. Depois de realizar uma campanha impecável, com um futebol vertical como poucas equipes no país tem a ousadia de jogar, o Galo acabou sucumbindo na hora decisiva, perdendo dentro de casa para o time maranhense do Moto Clube.
Naquela oportunidade a torcida acreana (não só do Atlético, que em momentos assim o sentimento nativista costuma se intensificar) saiu frustrada do Florestão. Parecia certa a subida do Galo. O empate na partida de ida, jogada em São Luís, apontava para a perspectiva de sucesso na volta.
Especulou-se, quando da derrota e consequente eliminação da competição no ano passado, que o Atlético teria perdido porque boa parte dos seus jogadores estava com a cabeça voltada para outro lugar. Estariam, supostamente, mais interessados em se mudar para o amazonense Nacional.
É que havia, por aquele momento, uma proposta dos dirigentes nacionalinos para levar praticamente o time todo do Atlético para disputar o campeonato estadual do Amazonas. E foi justamente o que aconteceu. O Atlético perdeu o jogo para o Moto Clube e o seu elenco foi para Manaus.
Eu não acredito que a proposta do Nacional tenha influenciado no resultado do jogo do Atlético contra o Moto. Inclusive porque os jogadores do Atlético teriam mais a ganhar se levassem o time à série C. Obteriam maior visibilidade subindo do que disputando o campeonato amazonense.
Também não acredito, como se chegou a comentar, que faltou maturidade aos atletas do Galo, dada a juventude da maioria, para encarar um jogo de tamanha importância como aquele. Eu penso que foi só um dia em que nada funcionou. Tem dia que as coisas não funcionam. Apenas isso.
De qualquer forma, independente do que tenha acontecido no passado recente, o que importa de verdade é que o Atlético ganhou, pelas mãos do destino (ou pelos pés dos seus craques), uma nova chance de beber o néctar dos deuses na taça da felicidade. Basta passar neste domingo pelo São José.
É um jogo para o Atlético fazer história o deste domingo. Sair da série D para a série C é mais ou menos como sair de um longo período de desencantamento do mundo para uma nova era de reeencantamento. Tomara que dessa vez possa acontecer. A bola pode ser um caminho para o paraíso!