Depois de defender quase uma dezena de clubes profissionais, tanto do Brasil quanto do exterior (La Brasília, do Equador), chegou a vez de o atacante Araújo Jordão, aos 32 anos (ele nasceu no dia 26 de agosto de 1985), vestir a camisa celeste do Atlético, representante do Acre na série C de 2018.
A história do Araújo Jordão registra que ele desde bem jovem já demonstrava muito talento para jogar futebol. Tanto que, aos 13 anos, em 1998, ela já era titular de equipes adultas da sua cidade natal, no interior do Acre. Pode-se dizer, mesmo, que era um menino jogando como gente grande.
Não seria possível, é claro, jogando tanta bola, que ele pudesse permanecer esquecido lá no município do Jordão (a cidade lhe emprestou o sobrenome), onde somente se pode chegar, ainda nos dias de hoje, depois de horas navegando em barcos precários ou em pequenos aviões monomotores.
Daí que em 2004, o professor Gualter Craveiro, sujeito sempre atento às revelações surgidas no interior do Estado, o trouxe para a capital para integrar o elenco do Juventus, clube de saudosa memória do futebol nativo. Comandado pelo técnico Illimani Suares, Araújo tratou de gastar sua bola.
Até que um dia, dois anos depois, em 2006, o Brasil teve a oportunidade de ver o quanto jogava aquele jovem talento vindo do interior. Os juniores do Juventus foram disputar a Copa São Paulo e Araújo foi o destaque do time acreano, marcando o gol do empate contra o Bahia.
O ano de 2006, segundo o próprio Araújo me revelou numa conversa que tivemos no primeiro semestre deste 2017, foi essencial para que ele impulsionasse a sua carreira. É que além do gol marcado contra os baianos, ele virou titular do Juventus e fez uma bela dupla com o Rogério Tarauacá.
Em 2007, aos 21 anos, o atacante resolveu aceitar o convite de um empresário de nome Rosalvo (ex-jogador do próprio Atlético) para jogar no Equador. Ficou um ano por lá. Depois voltou para o Brasil e iniciou uma vida de cigano, passando por vários clubes, da Paraíba ao Rio Grande do Sul.
Em 2017, Araújo defendeu as cores do Rio Branco em três competições: campeonato acreano, Copa do Brasil e campeonato brasileiro da série D. Não se pode dizer que foi uma temporada das mais brilhantes, mas, apesar de tudo, ainda assim, sobreveio o vice-campeonato estadual.
Araújo Jordão é um belo reforço para o Galo. Além de saber tratar a bola como poucos, ainda é dono de uma obediência tática raras vezes encontrada em jogadores brasileiros. Ataca com eficiência e, se for o caso, defende com precisão. Vida longa e sucesso, tanto ao Araújo quanto ao Galo!