As medidas adotadas pelo Rio Branco para ‘controlar’ diariamente a cobertura da imprensa em seu CT, ao proibir os profissionais de imprensa adentrarem ao gramado (terão que realizar sua pauta diária das arquibancadas, inclusive os registros de imagens) e de realizar entrevistas, em local reservado, com atletas apontados somente pela sua assessoria, causou antipatia entre os profissionais da mídia esportiva.
Na avaliação de boa parte dos cronistas esportivos faltou sensibilidade da direção do clube alvirrubro, pois a medida somente cerceia o trabalho da imprensa esportiva e busca apenas copiar algo parecido que ocorre em alguns grandes clubes do país, mas com uma diferença, nestes clubes existe uma infraestrutura para atender bem o profissional de imprensa, muito diferente da adotada pelo Rio Branco, esse optando em colocar os profissionais num reservado das arquibancadas do CT do José de Melo, espaço esse já batizado de “curral”.
Outro fato que não foi levado em conta diz respeito à pequena infraestrutura dos departamentos esportivos locais, onde o profissionais se vira nos 30 para cumprir três ou quatro pautas diárias. Também é de chamar atenção a intromissão do clube na construção da pauta de cada editoria, pois as entrevistas são direcionadas pela assessoria do clube, não pelo órgão de imprensa.
As medidas antipáticas adotadas pelo clube já foram transmitidas ao presidente da Associação dos Cronistas Esportivos do Acre (Acea), o jornalista Alberto Casas. O dirigente ainda não se pronunciou publicamente a respeito das medidas que pretende tomar, mas também é contrária à prática delas.