Dois jogos, duas vitórias. A Copa Verde começou sob a influência dos melhores fluídos para os times acreanos. O Rio Branco foi a Boa Vista, atual capital dos bolivarianos de todas as cores, e não tomou conhecimento do São Raimundo. E o Atlético, apesar dos pesares, passou pelo Santos-AP.
A vitória do Rio Branco o deixa numa posição bem confortável. Vencer fora de casa é sempre interessante. Levando-se em conta que no campo do adversário é sempre tudo mais difícil, deve-se, então, saudar como muito importante o triunfo do Estrelão. Três pontos fora, logo de cara!
No fritar dos ovos, ainda que jamais se possa contar com esse produto antes que ele passe pela cloaca da galinha, e sempre falando de forma absolutamente teórica, o Rio Branco praticamente carimbou o seu passaporte para a próxima fase dessa competição. Ficou ruim para o São Raimundo.
Do jogo entre Atlético e Santos, cujos gols eu vi pela internet, no embalo da minha rede, instalada num andar elevado de um prédio residencial em Fortaleza, o que mais chamou a minha atenção foram as trapalhadas dos respectivos setores defensivos. Erros crassos de ambos os lados.
A jogada que definiu a marcação do pênalti que resultou no primeiro gol do Atlético não se pode dizer que tenha sido fruto de um incidente. O zagueiro amapaense veio com tanta força sobre o atacante atleticano que não foi possível evitar o choque. O lance pareceu mais um atropelamento.
O Galo acreano, por sua vez, para não deixar barato e nem ficar para trás no quesito “trapalhadas”, resolveu retribuir o favor. E então, eis que, uma bola fácil, completamente dominada, dos pés de um zagueiro atleticano foi parar nos pés do inimigo. Duas trapalhadas, dois gols: jogo empatado.
O segundo gol dos visitantes foi mais, digamos, esdrúxulo do que o primeiro. Uma falta do lado direito da defesa atleticana, uma batida sem força, um despretensioso cruzamento na área e o goleiro celeste convicto que a bola era fácil. Apesar disso, só ficaram nas mãos dele as penas do frango.
Depois do gol de novo empate (2 a 2) do Atlético, esse sem nenhuma gentileza dos santistas, os amapaenses resolveram dar mais uma mãozinha para o resultado final. E aí o árbitro marcou outro pênalti, fruto de mais um atropelamento… Bizarrice pura… Quarta trapalhada: Atlético 3 a 2!
Para finalizar, deixo claro que não sou um perfeccionista. Neste texto cujas últimas linhas estou acabando de cometer provavelmente existam mais trapalhadas do que acertos. O charme da vida, aliás, reside justamente no acaso e no erro. No campo de jogo, entretanto, o erro bizarro pode ser fatal!