Diante do resultado magro desse último Brasil e Alemanha, terça-feira passada, um a zero para os filhos da pátria de chuteiras, alguns germânicos continuam cheios de pose. Tudo por conta daqueles abomináveis sete a um que eles aplicaram na seleção do Felipão, na Copa do Mundo de 2014.
A empáfia dos cervejeiros é tamanha que eles dizem que agora está sete a dois pra eles. E que, assim sendo, o Brasil ainda vai precisar vencer outras cinco partidas por um a zero para poder empatar o placar. Um argumento que não deixa de ter uma certa lógica, se a gente raciocinar bem.
No final das contas, penso eu aqui com as minhas teclas, mesmo que vencer por um a zero não tenha semelhante impacto que uma goleada igual àquela que os chucrutes deram na gente, ainda assim não é má ideia ganhar dos caras seis vezes seguidas. Cada vitória seria um exercício de vingança.
Depois desse último jogo, a propósito, eu andei navegando na internet para ver o que os alemães acharam do time deles e do nosso. E o que eu mais vi foram declarações minimizando o resultado recente. Para a maioria, foi só um jogo amistoso. E, além disso, a goleada de 2014 jamais terá igual.
A sorte dos alemães, nesse último jogo, no meu modo de ver as coisas, foi que Jesus, o nosso centroavante, não estava nos melhores dias para fazer os seus milagres. Fez o gol da vitória, é verdade, mas perdeu pelo menos outros dois daqueles chamados “feitos”. Jogou só o básico, apenas isso.
O certo, independentemente de qualquer coisa que venha a acontecer no futuro imediato (daqui a menos de três meses, por exemplo) é que o Brasil encerrou em alta os seus amistosos antes da convocação final para a Copa. E a cúpula alemã, com a derrota, ganhou uma pulguinha atrás da orelha.
Eles não vão dizer que ganharam a tal pulguinha. O orgulho deles e a vida depois dos sete a um não os deixa admitirem que a bola germânica não é à prova de balas. Mas eu tenho notícias de que uma reunião de emergência foi convocada tão logo acabou o amistoso no Estádio Olímpico de Berlim.
Uma reunião onde, além dos dirigentes do futebol do país, compareceu gente do porte do ditador maníaco depressivo Adolf Hitler, do filósofo sifilítico Friedrich Nietzsche e do compositor surdo Ludwig Van Beethoven. A todos foi dado o direito de dar o seu pitaco sobre o que fazer agora.
Hitler teria atribuído a culpa da derrota à dupla de zaga formada por Boateng e Rüdiger (“uma ofensa aos princípios da raça ariana”, teria dito o führer). Nietzsche teria dito que seu amigo Zaratustra afirmara que a Copa era deles. E Beethoven teria saído da reunião sem ouvir uma só palavra!