Apenas dois estádios da Copa do Mundo da Rússia têm grande capacidade de público. Nada menos que em oito arenas a lotação gira em torno de 45 mil pessoas; duas outras o número de assentos cai para cerca de 35 mil lugares.
No último Mundial, no Brasil, a capacidade dos estádios percorria várias faixas entre 40 mil e 75 mil – seis ficavam ali perto de 40 mil lugares, mas o restante das seis arenas, a sua maioria passava com sobra por 50 mil lugares.
Na África do Sul em 2010, ao invés de 12 estádios, como no Mundial do Brasil e da Rússia, foram utilizadas 10 arenas, sendo que seis estádios tinham cerca de 40 mil lugares e os outros acima de 55 mil assentos.
Na Copa da Alemanha, em 2006, a capacidade dos estádios foi muito variada, como aqui, com viés para cima de assentos disponíveis.
Assim, no fim das contas, a disponibilidade de arenas nessa Copa que começa em breve é mais modesta do que se pintava – embora a imponência dos estádios seja elevada, mas isso segue o padrão europeu de arenas de futebol, muito à frente de outros países fora do continente.
Na verdade, o chamado padrão Fifa de estádio e o padrão europeu – o Brasil até tentou seguir o modelo, com tropicalização, mas pecou no pós-evento com a dificuldade de manter estruturas fora da realidade brasileira.
O estádio Luzhniki, em Moscou, que receberá a final do Mundial, tem 81 mil lugares. Ele foi palco dos Jogos Olímpicos naquele país em 1980. A outra arena gigante da Copa da Rússia fica em São Petersburgo, a segunda maior cidade daquele país depois da capital. O estádio tem 68 mil lugares – o Brasil pega a Costa Rica nesse lugar, no seu segundo jogo da fase de grupo.
As outras arenas da Copa são modestas, pelo menos no número de assentos. Destaque para o Fisht Stadium, dentro do parque olímpico em Sochi, que já foi sede dos Jogos de Inverno 2014.
A Copa do Mundo do Catar, em 2022, projeta-se muitos estádios em torno de 45 mil lugares. Talvez seja um novo padrão de arenas de futebol para jogos internacionais. Pode se estar acabando a fase de se erguer grandes estruturas (ou se fazer reformas de estruturas existentes ampliando sobremaneira seu tamanho), onde os riscos de manutenção são sempre maiores.
É óbvio que tamanho de estádio depende muito da demanda local. Nos Estados Unidos os estádios são imensos, mas não se aplicam para partidas de futebol – ou “soccer”, como se diz lá. Na Inglaterra, a característica é de arenas mais modestas, embora o futebol entre clubes tenha enorme relevância e audiência.
O certo é que conta de tamanho de estádio devia ser sempre custo de construção e manutenção com a expectativa de utilização e atração de público em longo prazo – cálculo no Brasil inexistente.