Copa mostra supremacia tática europeia

Brasil agora pode cair na real. Copa é Copa. Neymar parece fora de forma. Tite acertou em apostar no Philippe Coutinho. O gol da Suíça pode ter sido até roubado, mas a bola era de Allisson, que mantendo a tradição dos goleiros brasileiros, não saiu debaixo da trave.

Na outra partida do grupo do Brasil, onde a Sérvia bateu a Costa Rica por 1 a 0, a supremacia do futebol europeu falou de novo mais alto. Seguem outros Pitacos.

O México foi o de sempre, mas dessa vez conseguiu resultado. E frente à Alemanha, por 1 a 0. Caiu um gigante, mas pode se levantar ainda, como os brasileiros.

O jogo do Cristiano Ronaldo contra Espanha é uma boa justificativa por que Neymar não leva a Bola de Ouro. O português é muito mais decisivo em partidas importantes (foi o responsável pelo empate de 3 a 3). Ele bate bem demais na bola.

A França mostrou a que veio na vitória contra a Austrália (2 a 1), que pegou uma das seleções de futebol que mais evoluiu nos últimos tempos – assim com a Islândia, que empatou heroicamente por 1 a 1 com a Argentina (porém, os argentinos continuam na lista de favoritos).

A Rússia, no jogo de abertura, mostrou que também corre por fora pelo título (depois de golear por 5 a 0 a Arábia Saudita). Não será talvez um anfitrião generoso. Haverá muita luta contra os russos.

Cavani ajudou o Uruguai a bater no sufoco o Egito (1 a 0), mas pode esperar mais de Suarez nos próximos confrontos – aliás, perdeu um gol feito nesse jogo contra os egípcios. Não entendi por que o técnico não colocou o egípcio Salah – mesmo meia-bomba ele poderia ter evitado a derrota, pois é acima da média.

Já o Guerrero entrou no segundo tempo na derrota por 1 a 0 de sua equipe, o Peru, contra a Dinamarca, mas foi o resultado mais injusto até aqui – os peruanos atacaram muito. A pior partida nos primeiros quatro dias de Copa do Mundo foi a vitória da Croácia por 2 a 0 sobre a Nigéria. A Croácia está dentro desse bolo de seleções em ascensão. A África, porém, não conseguiu ainda mostrar potência conforme anunciado há alguns anos.

Marrocos contra Irã (1 a 0 para os iranianos) pareceu partida de futebol na Europa, da segundona do Campeonato Alemão: atuação em bloco e setorizada – deve ter muito jogador deles atuam no Velho Continente. Na verdade, essa Copa afirma a supremacia tática europeia – na qual até o técnico brasileiro Tite é adepto.