O mercado árabe se abre de novo para contratação de jogadores de futebol. Aquela região começou a atrair brasileiros na década de 1970, por conta principalmente dos altos salários. Nos últimos anos as ofertas voltaram a subir.
Jonas, ex-Grêmio e Santos, vinha fazendo sucesso no Benfica de Portugal, mas resolveu ir para o Al Nassr, da Arábia Saudita, por um salário anual de R$ 22 milhões. O jogador já tem 34 anos.
A saída do meia Rodriguinho, aos 30 anos, do Corinthians para Pyramids, do Egito, talvez tenha sido a mais emblemática das transações recentes daquele mercado – embora os egípcios não fossem reconhecidos no mundo árabe em fazer grandes transações com jogadores de fora, muito menos do Brasil.
Há, porém, um histórico nos países daquele pedaço do mundo de calote em clubes e jogadores. O Flamengo, por exemplo, recebeu somente esse ano dinheiro referente à venda de Hernane Brocador, quatro anos atrás, ao próprio Al Nassr. A venda do atacante tinha sido um melhor negócio ao rubro-negro se a grana tivesse entrado na época ao clube – eram 5 milhões de euros.
Por certo, atletas mais novos irão, atraídos por um novo momento do esporte naquele lugar que, segundo consta, tenta se adequar mais ao padrão europeu de futebol na técnica e na organização – principalmente financeira.
Enquanto isso, a China segue despejando milhões no futebol para se tornar potência um dia. Por aquelas bandas da Ásia, surgiu nos últimos tempos a Tailândia como destino de jogadores brasileiros, visando popularizar a prática.
Cita-se também os Estados Unidos como caminho recente de atletas brasileiros rumo à independência financeira. Neste país, é curioso como desde o Mundial de 1994 ele vem tentando estabelecer o futebol como atrativo de entretenimento.
Como uma nação rica e empreendedora, diria que a expansão do esporte foi muito menor do que poderia se esperar nos últimos tempos. Acompanhar um jogo da liga norte-americana é quase uma tortura, apesar da presença maciça de bons atletas internacionais – pela televisão, de fora, continuo optando pelos campeonatos europeus, mais técnicos e bom de se ver.
O Leste Europeu, onde se situa a sensação da Copa, a Croácia, começou a atrair jogadores brasileiros para lá há cerca de 10 anos. Mas a proximidade com o maior centro de futebol do mundo e a inserção daqueles países na economia das nações que comandam o epicentro do esporte, fizeram com que crescessem independentes dos chamados “estrangeiros” – prova também de que nem sempre é isso que faz a diferença.