Laterais do futebol acreano

Numa crônica anterior fiz menção a um livro que eu havia acabado de ler sobre “os 11 maiores laterais do futebol brasileiro”, de autoria do jornalista Paulo Guilherme. Uma lista de peso, com o perfil de cracaços como Nilton Santos, Djalma Santos, Carlos Alberto Torres, Júnior etc.

Aí, depois da citada leitura, eu fiquei imaginando uma lista dos 10 melhores laterais do futebol acreano. E então, fui lembrando de nomes que desfilaram a sua bola no futebol regional, desde os tempos românticos do precário Estádio José de Melo até aos recentes Florestão e Arena da Floresta.

De início, devo adiantar que não se trata de uma lista definitiva. Trata-se muito mais de um exercício de imaginação do que, necessariamente, de algum tipo de verdade absoluta. Muitos nomes, certamente, vão escapar da minha lembrança. Já me desculpo, antecipadamente, pelas ausências.

Isso dito, ponho minhas cartas na mesa e revelo os nomes dos meus laterais preferidos que gastaram o seu talento anos a fio no futebol acreano. Vamos lá. Laterais direitos: Mauro, Chico Alab, Pintão, Paulo Roberto e Zero Hora. Esquerdos: Antônio Maria, Duda, Erivaldo, Flávio e Ananias.

O Mauro, que jogou sempre no Juventus, era um jogador extraclasse. Estreou no time principal ainda na adolescência. Atuava com a mesma desenvoltura na lateral e no meio campo. Já o Chico Alab (Independência) cruzava com perfeição e foi o primeiro lateral nativo a apoiar o ataque.

O Pintão, por sua vez, tinha um “canhão” no pé direito. Mandava uma bola na área inimiga desde a sua intermediária. O Paulo, técnico e vigoroso, superou uma atrofia no braço para jogar em alto nível. E o Zero Hora foi um dos primeiros jogadores acreanos a se profissionalizar fora do Estado.

Do outro lado do campo, do lado esquerdo, o juventino Antônio Maria era denominado pela mídia como “príncipe”, pela elegância com que desarmava os adversários, sem jamais apelar para os pontapés. E o Duda era um driblador abusado. Chamava qualquer ponteiro de “João”. Um mágico!

Dos outros três citados, o Flávio, que jogava em qualquer posição da zaga, fez história no Independência. O baixinho Erivaldo, de Cruzeiro do Sul, integrou grandes esquadrões do Atlético e do Independência. Enquanto o Ananias, que era destro, driblava “pra dentro” e cruzava de pé direito.

Mas além desses citados, outros laterais merecem menção como jogadores de destaque no futebol acreano. Casos de Belo (Atlético), Grassi (Rio Branco), Otávio (Juventus), Ley (um monte de times), Castro (Andirá), Albertino (Andirá), Sabino (Juventus), Zé Alab (Atlético)… Vários outros!