Decisões: o campo e a vida

A vida consiste numa eterna tomada de decisões. E de cada uma das decisões que se toma durante a vida é que decorre o presente. Não raro a gente se pega questionando os motivos de as coisas serem de um jeito e não de outro. Isso acontece porque quase ninguém lembra do que decidiu.

Veja-se um jogo de futebol, a despeito de metáfora para essas minhas afirmações aí do parágrafo anterior. Dependendo das decisões tomadas pelos integrantes de uma equipe quanto à maneira de enfrentar o adversário, pode-se chegar a um resultado positivo ou negativo. Joga-se melhor ou pior.

Tudo bem que os times que possuem mais craques nos seus elencos, esses tem mais chance de arrasar o inimigo e levantar mais troféus. Mas até esses podem ser derrotados se não forem tomadas decisões corretas ao longo de uma disputa. Mesmo esses podem naufragar o barco perto da praia.

Veja-se aquela seleção brasileira de 1982, que foi eliminada por uma Itália muito inferior. Aos brasileiros bastava empatar com os italianos para passar de fase. Mas o Brasil não queria empatar. O time tinha tanta gente boa que a opção foi sempre pela vitória. Decisão equivocada e derrota dolorida.

Em contrapartida, depois de uma vergonhosa participação na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, os dirigentes brasileiros entenderam que deveriam mudar tudo para disputar a Copa seguinte. Engendraram um plano de ações perfeito. Das decisões acertadas sobreveio a conquista do tri.

Agorinha mesmo, nessa semana recém passada, os dois times brasileiros na disputa da Libertadores da América optaram por táticas diferentes para o enfrentamento com os times argentinos. O Grêmio decidiu partir pra dentro: venceu! O Palmeiras optou pelo estilo cauteloso: perdeu!

Coisas boas e coisas ruins podem acontecer na vida da gente a partir de uma decisão tomada em algum momento. Quando as coisas são boas, tudo bem, a gente não quer que o tempo seja finito. Quando as coisas são ruins, porém, o tempo se arrasta e não passa. E tome peia pra lamber sabão.

Pois muito bem, meus chegados. Todo esse “papo aranha” dessa crônica de hoje é só pra lembrar a decisão deste domingo (28). Encontro pesado nas urnas. Clássico da política brasileira. Milhões de torcedores de um lado e do outro. Ao final, um vencedor para dirigir as vidas de todos.

Então, caríssimos leitores dessas eternamente mal traçadas linhas, cuidado, mas muito cuidado mesmo, com as suas decisões neste domingo. Vejam o perfil e as atitudes dos postulantes e cravem os seus vereditos. Se der certo, ótimo. Se der errado, que ninguém esqueça a decisão tomada!