Um evento esportivo é um ótimo momento para a gente encontrar amigos. Sexta-feira passada foi um desses momentos. Eu tive o prazer de rever muita gente que não via há algum tempo. Dentro da quadra, várias gerações do futsal exibiam a sua arte. Do lado de fora a prosa rolava solta.
O primeiro amigo que eu encontrei ao chegar ao Ginásio do Sesi foi o Casquinha, um dos maiores craques do futsal acreano. O Casquinha era mágico com a bola grudada no pé esquerdo. Fazia tudo, tudinho mesmo. Chamava os marcadores de “João”, tocava rápido e chutava muito forte.
Esse mágico do esporte de quadra foi um dos homenageados da noite. Ele não pode participar do jogo preliminar, entre duas equipes de ex-jogadores, porque encontra-se ainda convalescendo de uma moléstia. Mas foi aplaudido delirantemente quando anunciado pelo locutor Klowsbey.
O Klowsbey, aliás, um dos maiores goleiros do futebol acreano, nas décadas de 1980 e 1990, foi outro amigo que eu tive o prazer de encontrar. Conversamos pouco, uma vez que ele se encontrava fazendo as vezes de mestre de cerimônias do evento. Mas deu tempo trocar algumas palavras.
Encontrei também e troquei algumas ideias com o Geison Morais (diretor do Atlético), o Álvaro Miguéis (técnico do mesmo Atlético), o Senildo Melo (repórter da TV Gazeta), o Pixilinga Filho (vice-presidente da Federação de Futebol), o Pedrinho Peixoto, o ex-reitor Minoru Kinpara…
Muita gente boa reunida num lugar só por obra e graça da magia de uma bola de futebol. Gente das mais variadas idades, homens e mulheres, uns para tentar acertar alguns chutes na direção das traves adversárias, outros para tão somente apreciar e se divertir com a ousadia dos “atretas”.
Mas de todos os que eu encontrei, tanto os citados neste texto quanto os que eu não lembrei enquanto escrevia, o amigo que eu mais me diverti, lembrando antigas histórias, foi o professor universitário José Aparecido Pereira dos Santos, popularíssimo Nino, ex-craque do futebol de campo.
O Nino é aquele sujeito que transpira bom humor. Sempre foi assim. Tanto nos seus anos de boleiro profissional no Guarani-SP e no Londrina-PR ou como jogador dos amadores Rio Branco e Juventus-AC, quanto numa sala de aula, ensinando os segredos da educação física, teoria e prática.
O Nino é um sujeito tão bem humorado que sequer pestanejou quando recebeu dezoito multas de um radar plantado na rodovia de acesso à universidade. Dizem que ele recebeu as multas e saiu-se com essa: “Radar? Eu sempre pensei que aquilo era um termômetro”. Grande Nino, figuraça!