Algumas observações sobre a Série B

Alguns resultados chamam à atenção na Série B – não falo da divisão A pela previsibilidade; será difícil vermos alguém diferente no topo; apenas pequenas surpresas no rebaixamento, com um grande ou outro caindo, mas isso já acontece desde que o Campeonato Brasileiro se tornou de pontos corridos.

Óbvio que o acesso do CSA, de Alagoas, à Série A é o mais importante fato ocorrido entro todas as divisões do Campeonato Brasileiro. Trata-se do segundo time – o primeiro foi o América-RN, em 2007, mas que durou apenas um ano – fora do grande eixo do futebol brasileiro a participar da elite desde 2003, quando a competição sofreu grande mudança de realização, transformando-se somente em pontos corridos, sem os matas-matas.

O Paysandu, que passou algum tempo na Série B e teve mais perto de ir à A em 2015, agora voltou à Série C. Foi uma pena para esse importante clube da região Norte, que fica sem representante na Série B. O Papão do Curuzu vai encontrar o Remo, que se mantém na Série C do Campeonato Brasileiro.

Os dois destaques que subiram da C para a B foram o Operário do Paraná e o Cuiabá – fortalecendo a participação do futebol do Mato Grosso na segunda divisão, onde por lá já passou o Luverdense do mesmo Estado. Juntam-se a eles na B o Bragantino, que já andou na elite, e o Botafogo-SP, que nunca esteve na segundona do Campeonato Brasileiro no formato atual.

Aliás, a Série B da competição passa a contar com seis clubes paulistas, com a chegada do time de Ribeirão Preto: Ponte Preta (que por um fio não voltou à Série A), Guarani, São Bento de Sorocaba e Oeste de Presidente Prudente – além do Bragantino e do Botafogo.
Chama a atenção também na Série B a permanência do Coritiba, considerado o único clube grande que falhou de fato na divisão de acesso do Brasileiro.

A última observação a fazer da Série B é sobre o Sampaio Corrêa. O clube maranhense havia subido da Série C ano passado, ganhou a difícil Copa Nordeste 2018 e, no fim, voltou à terceira divisão do Campeonato Brasileiro.

Estas alterações fortes que se vê na Série B tem um simples motivo: é a divisão mais competitiva do Campeonato Brasileiro. A maioria dos clubes se equivale em estrutura e plantel – a Série A sofre de disparidades, e a C e D existem clubes de todo tipo de modelo, numa mescla de difícil avaliação.
Fica aqui a dica daqueles que vem da elite à Série B: prepare-se para uma concorrência implacável.