A gente vai vendo as coisas acontecerem e de repente junta um monte de informação, onde percebe-se como o mundo do futebol tem omissões, erros e interesses. Parece até implicância, mas como esse esporte por aqui é dado a polêmica fora de campo.
Parecia tudo indo bem com o Palmeiras sendo campeão Brasileiro por merecimento e larga vantagem em relação aos adversários. O time estava sobrando, de fato.
Mas eis que do nada aparece o presidente eleito no jogo de entrega da taça aos palmeirenses. Até aí nada demais, já que teria direito, como qualquer torcedor, de se aboletar em algum lugar no estádio para assistir a última partida do vencedor da competição no estádio.
Porém, o fato foi maior: Bolsonaro entrou em campo para entregar o título aos jogadores campeões. Em um momento histórico do clube, que será registrado para sempre, quem ergue a taça é um político que não se sabe bem o seu futuro no comando do País – e que mesmo antes de assumir já se vê envolvido em suposto escândalo de recebimento de dinheiro ilícito.
É por isso que não se pode incluir mais do que atletas e comissão técnica do time nesse tipo de comemoração. Caso o intruso dê errado ou cause algum problema futuro, ele já está registrado para sempre – sem a menor necessidade – em um dos momentos mais importantes do clube. O desgaste é enorme e eterno à imagem.
Caminhando um pouco mais, para o país vizinho, depara-se com a final da Libertadores adiada por conta de violência antes do jogo decisivo. O que foi ruim ficou ainda pior: definiu-se a realização da partida em outro continente, revelando uma confederação continental – no caso a Conmebol – incapaz de encontrar uma solução dentro de seus limites territoriais.
Um fim melancólico de uma competição que carece de organização faz tempo, e que agora se vê numa encruzilhada.
As críticas também não se centram apenas a cartolas de times e entidades, mas jogadores também por conta de comportamentos insólitos – principalmente quando ocorrem com atletas que deveriam dar exemplo por serem referência de muita gente.
É o caso de Ronaldinho Gaúcho, com determinação de apreensão de passaporte por conta de descumprimento de sentença em processo de crime ambiental. Longe de achar que a nossa Justiça tem a palavra final em tudo e a partir de suas manifestações pode-se ter certeza absoluta de sua competência.
Mas o caso específico de Ronaldinho revela clara negligência do ex-jogador e absoluto desprezo pelas leis.
E assim caminha esse universo futebolístico cheio de pecados e perturbador para quem torce por dias melhores no esporte por aqui.