O campeonato acreano de futebol profissional está em andamento. Oito das dez equipes já mostraram as suas caras. Em princípio, tudo parece estar mais ou menos nos conformes. Até aqui nada surpreendente aconteceu. Os favoritos venceram, os semelhantes empataram e a vida vai seguindo.
A essa altura, ainda que seja prematuro fazer qualquer prognóstico assim mais aprofundado, tipo quem vai ser campeão ou quem vai ser rebaixado, já é bastante possível dizer alguma coisa a respeito dos times que estrearam no início e no meio dessa semana que vai saltando para trás.
O Rio Branco, Estrelão pra lá de glorioso, por exemplo, que somente conseguiu bater o Náuas no momento que se convencionou chamar “apagar das luzes”, joga melhor, pelo que eu vi, quando está com nove homens em campo. Quando o time está completo, tem muita perna para pouca bola.
Pra falar a verdade, não foi só eu que tive essa impressão não. Tão logo o jogo foi encerrado, o empresário Ezequias “Açaí Sarado”, torcedor roxo do Estrelão, me mandou s seguinte mensagem de texto: “Professor, com nove é muito melhor. Sobra mais espaço para o Doka Madureira jogar”.
Já o Náuas, representante mais do que gabaritado do Vale do Juruá, que em campeonatos passados cansou de ser saco de pancada, aparentemente descobriu uma fórmula para fazer frente aos “grandes” da capital: pó de guaraná. Talvez, nesse primeiro jogo, só tenha errado na dose. Tão só.
Enquanto isso, o Atlético não quis nem saber se do outro lado do campo estava um time com nome de santo, ícone da Igreja católica. Sapecou a primeira goleada do campeonato. Meia dúzia de gols a zero. Demorou a fazer o primeiro. Mas depois de passar um boi, sempre atrás vem a boiada.
O São Francisco, aliás, que ninguém se engane, entre causar tristeza a alguém, por conta de uma eventual vitória das suas cores, prefere mesmo oferecer o lombo pra apanhar. São Francisco é santo e, assim sendo, não pode bater em ninguém. Tem que sofrer para ter direito ao reino dos céus.
O Humaitá e o Vasco fizeram um jogo meio lá, meio cá. Um a um. Ninguém ganhou, ninguém perdeu. Melhor levar um ponto pra casa do que voltar zerado. Seguro morreu de velho. Nem tanta chuva, nem tanto sol. Um pouco terra, um pouco mar. Melhor dizendo: “nem barro nem tijolo”
Sobre o Andirá e o Plácido, os times que não estrearam, agorinha eu ainda não posso dizer nada. Se o Andirá vencer, levando em conta o elenco cheio de “veteranos”, acho que a gente vai poder confirmar aquela tese de que “panela velha é que faz comida boa”.Eu simpatizo com essa tese. Rsrs.