Neste final de semana começa mais um campeonato brasileiro da primeira divisão. Quatro das cinco regiões do país tem representantes na competição: Sudeste (10 times), Sul (cinco), Nordeste (quatro) e Centro-Oeste (um). Nenhum time da região Norte, a de menor recursos financeiros.
Aos clubes da região Norte são reservados os torneios das séries C e D. No caso, a terceira e a quarta divisões nativas. Evidentemente, todos podem, dependendo dos seus desempenhos, um dia subir os degraus. Isso, porém, é tão difícil quanto raios caindo no mesmo lugar a cada tempestade.
É justamente por conta da questão dos recursos financeiros que os times das regiões Sudeste e Sul são tidos como favoritos para conquistar o título da série A depois dos oitos meses de disputa previstos. Quem tem mais dinheiro garante melhor estrutura e jogadores mais qualificados no elenco.
No topo dessa pirâmide de favoritos se destacam pelo menos cinco nomes: Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro, Grêmio e Internacional. Os dois primeiros gastaram uma grana preta para montar os respectivos elencos. Os outros três fizeram exibições de encher os olhos nos primeiros meses do ano.
Alguns, como o Atlético Paranaense, o Santos, o São Paulo e o Corinthians podem, eventualmente, surpreender e furar essa lista de favoritos aí do parágrafo anterior. São todos times tradicionais e donos de torcidas apaixonadas. Precisam sempre se superar. Mas só mesmo eventualmente.
Enquanto isso, virando a tabela de classificação de cabeça para baixo, nas diversas bolsas de apostas também se elegem aqueles times que, teoricamente, não tem chance alguma de levar a taça pra casa. E que, assim sendo, devem atravessar a temporada brigando para não serem rebaixados.
Entre estes que, na teoria, deverão lutar para não cair, são incluídos todos os representantes das regiões Centro-Oeste e Nordeste. Com menos capacidade de investimento, o que mais almejam CSA (AL), Bahia (BA), Fortaleza (CE), Ceará (CE) e Goiás (GO) é permanecer na divisão de elite.
Evidentemente, tudo isso de favoritos ao título e candidatos ao rebaixamento não passa de mera especulação. Futebol não é uma ciência exata. Há muito aquele animal de pele zebrada deixou a África para passear pelos campos do mundo. E quando a bola rola a lógica pode ir pelo ralo.
O certo é que 20 destinos se entrelaçam nos estádios brasileiros a partir deste final de semana. O futebol ainda é a grande festa do povo. Quando o time do coração entra em campo, todo o resto, da reforma da Previdência às hecatombes da natureza, fica em segundo plano. É isso. Tão somente isso.