Essa semana foi anunciada pela CBF a realização da Copa Verde, competição que reúne equipes de todos os estados da região Norte, atém do Distrito Federal e Espírito Santo. Em suma, são clubes que hoje andam alijados das séries A e B do Campeonato Brasileiro.
A fórmula poderá ser igual ao do ano passado, com campeão do torneio entrando nas oitavas de final da Copa do Brasil, garantindo a cota de participação do torneio nacional nessa fase – que é até um dinheiro bom para clubes com poucos recursos, como são esses participantes da Copa Verde.
Seguindo o modelo do ano passado, então, a sexta edição do torneio será de jogos mata-mata. Deve ter ainda uma ou duas partidas eliminatórias, antes dos jogos com tabela com 16 clubes. A competição está programada de ocorrer depois da Copa América, que se realiza aqui no Brasil a partir de meados do mês que vem – embora pouca gente esteja sabendo (ou empolgada).
Apesar da CBF dar a impressão de seguir a fórmula anterior, vale lembrar que se especulou a alguns meses atrás a entrada de clubes de outros estados, como Goiás e Paraná, e até do exterior, notadamente do Paraguai, na Copa Verde.
A proposta era ter times dessas localidades para dar ao torneio maior peso, principalmente com o objetivo de atrair patrocinadores e transmissão de televisão aberta.
Aliás, na questão de exibição por canal aberto, isso é essencial, por que times participantes da Copa Verde têm muito pouca visibilidade e a transmissão de suas partidas criaria potencial para atrair anunciantes nas camisas e nos seus estádios.
Acho baixa a presença de público no torneio desde sua criação. Uma média de 3 mil pessoas por partida ano passado é bem aquém do que poderia se esperar, de uma competição com envolvimento de equipes importantes em suas regiões.
Tirando as partidas no Pará, o interesse de público é muito pequeno nos outros estados participantes da Copa Verde. Talvez esteja aí o papel maior da CBF em incrementar o torneio.