Quem acompanha desde janeiro o Palmeiras (e não é torcedor doente), pode ter identificado problemas no time pós-título do Campeonato Brasileiro do ano passado. O Verdão ainda tem um timaço e acima da média da elite do futebol brasileiro, mas faltou melhor desempenho em momentos decisivos.
O Campeonato Paulista foi fraco esse ano e a final foi uma das mais medonhas realizadas nos últimos tempos. Corinthians, campeão, fez duelo com o São Paulo. Foram dois times esforçados na decisão, apenas isso.
Vi o Palmeiras liderar a primeira fase no grupo mais fraco da competição regional. Nas quartas de final, mostrou o que era no segundo jogo, o de volta, contra o Novorizontino, com uma bela goleada, depois de empatar a primeira partida.
A semifinal contra o São Paulo, o Palmeiras foi eliminado nos pênaltis, mas durante a partida o time assustou muito menos que se imaginava perante uma equipe somente esforçada.
Na Copa do Brasil, entrando direto nas oitavas de final, pegou a equipe menos competitiva daquela fase do torneio, o Sampaio Correa. Óbvio, ganhou os dois jogos.
Veio então as quartas e venceu o seu primeiro jogo em casa por 1 a 0 contra o Internacional. Foi uma partida burocrática e sem ofensividade. A decisão no Beira-Rio foi polêmica. O Inter jogou melhor, mas venceu nos pênaltis.
Na Libertadores, o Palmeiras entrou num grupo relativamente tranquilo, cujo único adversário mesmo era o San Lorenzo – não à toa perdeu na sua partida contra o time argentino atuando fora; foi a única derrota do Verdão naquela fase da competição.
Nas oitavas da Libertadores, empate e depois grande vitória em casa contra o Godoy Cruz. Surgem as quartas de final. O confronto é contra o Grêmio, um time difícil de se bater em torneios mata-mata.
Ganha lá em Porto Alegre a primeira partida segurando uma pressão danada. Depois, perde em casa, com uma atuação questionável, de novo, em um momento decisivo.
No Campeonato Brasileiro vinha definhando nos últimos tempos, embora não a ponto de se distanciar da linha de frente.
Porém, algo aconteceu que nem Felipão (agora ex-técnico) deu jeito. Esperava-se um Palmeiras muito mais decisivo e vencedor pela equipe que tem. Porém, as competições provam certa contradição nisso no time do Parque Antártica.
É preciso mostrar muito mais vontade de vencer, se quiser levantar de novo o título do Brasileiro. Os resultados desse ano claramente apontam isso.