Dois confrontos entre brasileiros e argentinos vão agitar a galera nos próximos dias. Primeiro, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, nesta sexta-feira (15) quem se enfrenta são os selecionados dos dois países. Depois, dia 23, em Lima, capital do Peru, o combate reúne Flamengo e River Plate.
A partida entre as seleções tem o caráter de amistoso. Não vale título, nem classificação para nenhum dos dois lados. Teoricamente falando, só serve para que os treinadores testem seus convocados e encontrem uma boa formação para as Eliminatórias da próxima Copa do Mundo. Só para isso.
Naturalmente, todo mundo sabe, quando a bola rola, tanto brasileiros quanto argentinos jogam a vida. Não importa que seja um amistoso sem valor prático. Faz parte da rivalidade entre os dois países não perder nada para o outro, seja disputa de palitinho, seja par ou ímpar, seja cuspe à distância.
Dessa forma, apesar de ser um amistoso, certamente vai sair faísca a cada bola dividida nesse jogo programado para a Ásia, bem distante do espaço territorial dos dois contendores. Faísca nas bolas divididas e, disfarçadamente, quando for possível, um dedinho no olho do adversário.
A participação do VAR, de modo geral, não é obrigatória em jogos amistosos. Então, longe do olho do Big Brother, esse artefato tecnológico que tudo vê, tudo registra e tudo pune, melhor para os catimbeiros, aquela categoria de boleiros que provoca os adversários sempre que possível.
O jogo entre Flamengo e River, por sua vez, levando-se em conta que vale taça, dinheiro e honra, independentemente do VAR, esse, então, pode descambar para um vale tudo generalizado se o árbitro não cuidar dos engraçadinhos desde o primeiro minuto. Trata-se de um jogo de alto risco!
As finais de Libertadores, a propósito, costumam ser mesmo jogos tensos, não raramente manchados por atos de muita violência. E nem precisa que os adversários sejam brasileiros e argentinos. No ano passado mesmo, a final reuniu dois times argentinos e teve que ser jogada em outro continente.
A bola, nessa situação, não raramente passa a ser mero detalhe. Mais do que a bola, os jogadores do time que defende miram é a canela dos inimigos. Eu já cansei de ver neguinho que esquece o objetivo do jogo para se dedicar a desferir tesouras voadoras, carrinhos assassinos e congêneres.
Da minha parte, eu acho uma tolice essa história de deixar a arte e a técnica de lado e querer ganhar na marra. Pra mim, tudo deveria ser decidido a favor de quem tem mais qualidade para meter a bola no gol adversário. Eu acho que a gente tem que acabar com a violência, nem que seja na bala! Êpa!