Fundado no dia 8 de junho de 1919, por iniciativa do advogado amazonense Luiz Mestrinho, o alvirrubro Rio Branco Futebol Clube, Estrelão para os íntimos, chega aos 95 anos de existência neste domingo. Quase um século de glórias, incluindo aí nesse pacote 30 títulos de campeão estadual na época do amadorismo e 13 na era do profissionalismo.
Mestrinho veio ao Acre para presidir uma Comissão de Inquérito nos Correios. Como o trabalho não demandava um esforço tão estafante, ele resolveu aproveitar as horas vagas para fundar um clube de futebol. Para tal, reuniu algumas personalidades locais e levou a cabo a ideia, sendo que na reunião inicial já ficaram definidos o escudo e as cores do novo clube.
Pra variar, o Rio Branco chega aos 95 anos disputando mais um título de campeão estadual. Se vencer essa disputa atual (a finalíssima está marcada para terça-feira, 10, na Arena da Floresta) contra o Atlético, o Estrelão chegará ao 14º título de campeão acreano em 26 possíveis no regime profissional, que foi iniciado em 1989. Mais da metade, portanto!
Apesar desse sucesso todo enquanto profissional, convém lembrar que o Rio Branco demorou quatro anos, desde que o novo regime foi implantado no futebol acreano, para conquistar o seu primeiro título. Antes de começar a sua caminhada no topo da lista de vencedores, o Estrelão teve que aplaudir os títulos do Juventus (1989 e 1990) e do Atlético (1991).
Depois disso, o domínio do chamado alvirrubro da Getúlio Vargas foi quase absoluto, conquistando os títulos de 1992, 1994, 1997, 2000, 2002, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2010, 2011 e 2012. Sem falar, mas já falando, nos anos em que “bateu na trave” e chegou ao vice-campeonato. Casos de 1989, 1995, 1996, 1998, 2001, 2004, 2006, 2009 e 2013.
No tocante ao Copão da Amazônia, torneio iniciado na década de 1970, reunindo as principais equipes amadoras da região Norte, o Rio Branco também deixou o seu nome marcado como um dos grandes vencedores do certame. Foram oito participações, com três títulos (1976, 1979 e 1984) e quatro vices (1977, 1978, 1986 e 1987), entre 1976 e 1987.
Mas o título mais expressivo do Rio Branco, na minha modestíssima opinião, veio em 1997. Justamente o de campeão da primeira Copa Norte. A finalíssima da competição aconteceu em Belém, contra o Clube do Remo. A vitória parecia, então, uma “missão impossível”. Pois o Estrelão ganhou por 2 a 1, em pleno Mangueirão, com gols de Venícius e Palmiro.
É importante ressaltar que neste texto está expresso apenas um brevíssimo resumo da história e das glórias do Rio Branco. Faltou dizer muita coisa. Faltou falar, por exemplo, dos seus importantes dirigentes, bem como dos seus inúmeros grandes jogadores. O espaço de uma crônica é insuficiente para contar tudo. De qualquer forma, parabéns, Estrelão!