A polêmica envolvendo Rogério Caboclo na presidência da CBF ganhou mais um capítulo. Lucas Figueiredo / CBF

Estaduais podem voltar na 2ª quinzena de maio

O GLOBO

A cúpula da CBF teve uma reunião por videoconferência com as federações estaduais nesta terça-feira na qual os rumos dos calendários brasileiros foram tratados. A sugestão da CBF é que, se possível, as filiadas tentem viabilizar o retorno dos campeonatos locais no fim de semana do dia 17 de maio (domingo).

O GLOBO apurou que o presidente da CBF, Rogério Caboclo, admitiu que o cenário pode não ser o mesmo em todos os estados, já que há diferença na disseminação do coronavírus e também no posicionamento das autoridades. Rio e São Paulo, por exemplo, têm governadores com postura mais rígida em relação às atividades esportivas. Caboclo fez questão de pontuar que o dia 17 de maio é uma sugestão e não uma determinação, sublinhando a falta de poder da CBF para ordenar algo do gênero. A proposta não é passar por cima das autoridades.

A volta do futebol, com portões fechados, nos estaduais seria consequência do retorno aos treinos já no começo de maio. Assim, os clubes teriam condições de fazer uma intertemporada.

Para a CBF, é importante o desenrolar dos estaduais para que se abra espaço no calendário para o Brasileirão e a Copa do Brasil. A volta dos torneios nacionais traz um quadro mais complexo, já que demandaria uma diminuição mais ampla do coronavírus no país, com liberação de voos e trânsito entre estados. Ninguém se arrisca a cravar uma data para isso.

Veto em SC

As federações Paranaense e Catarinense fizeram uma proposta para retornar ao futebol. Já enviaram solicitações aos governos estaduais – o governo de Santa Catarina vetou o retorno das partidas no estado – com pedido de liberação para o retorno no dia 16 de maio. No entanto, no Paraná, o Paraná Clube e o Londrina já sinalizaram que não apoiam o retorno. A federação local admite que pode mexer na data, mesmo depois de fazer a programação para a volta.

O restante das federações estaduais ainda evita projetar datas. No Rio de Janeiro e em São Paulo ainda há decretos em vigor com proibição de eventos esportivos.