Necessidade de pontuar

Na Série D do Campeonato Brasileiro cada time joga 14 partidas na fase de grupos. São sete jogos em casa e outro tanto nas casas dos adversários. Isso significa dizer que nada se pode prever, do ponto de vista da matemática, depois de jogada somente uma rodada. Tudo ainda é fugaz.

Entretanto (no meio do caminho, quando não tem uma pedra quase sempre aparece uma conjunção), nunca é demais lembrar que os pontos perdidos no comecinho de uma competição podem fazer uma falta danada lá na frente, quando da almejada classificação para as tais fases seguintes.

É por isso que o Galvez, legítimo campeão acreano deste ano de 2020, não pode, sob nenhuma hipótese, se dar ao luxo de outro insucesso no compromisso deste domingo (27), contra o paraense Independente, lá na casa deles. Uma parada pra lá de indigesta para os comandados do Zé Marco.

O Galvez, como todo mundo já sabe, sofreu a derrota mais elástica de todos os clubes da Série D na rodada de abertura, jogando nos próprios domínios: 5 a 1 do Fast Club-AM. Quem assistiu ao jogo diz que a facilidade para golear espantou até os integrantes da delegação dos amazonenses.

Aliás, retrocedendo um pouquinho na linha do tempo, pelo segundo ano consecutivo o Galvez estreia com derrota dentro de casa nessa competição. Se agora a lapada foi aplicada pelo Fast, no ano passado quem levou a melhor foi o rondoniense Real Ariquemes: 2 a 3, em plena Floresta.

E a sequência em 2019 não foi nada animadora. No segundo compromisso, o Galvez foi goleado pelo Manaus, lá na capital amazonense: 5 a 2. Duas pancadas que, tudo indica, tiraram a autoestima do time. No final das contas, o Galvez conquistou apenas seis dos 18 pontos então disputados.

Não querer repetir o fracasso de 2019 torna vital a necessidade do Galvez vencer a partida deste domingo, mesmo que jogando em Tucuruí, no interior do Pará. É preciso esquecer o vexame da estreia e jogar com inteligência e coragem. Talvez essas sejam palavras: inteligência e coragem!

A inteligência passa pelo reconhecimento que existe um adversário que também perdeu na estreia e precisa sair para o jogo, pelo fato de ser o mandante. E se for assim, armar uma estratégia de contra-ataques. E coragem para agredir o reduto adversário quando as oportunidades forem aparecendo.

E se nada disso der certo (escrevo e bato três vezes na madeira)? Bem, aí o jeito é aproveitar a viagem para visitar a hidrelétrica que leva o nome da cidade. Penso que por perto de uma hidrelétrica não existe o risco de se topar com nenhuma queimada. Talvez até existam alguns ipês nas imediações!