Poucas vagas

Restam poucas vagas para a segunda fase da Série D do campeonato brasileiro, neste ano de fogueiras no Pantanal e na Amazônia, de atos racistas, de declarações destrambelhadas por parte das autoridades do Planalto e também (cruz, credo!) da escalada de um vírus pra lá de maldito.

Em quase todos os grupos, ainda resta uma das quatro vagas disponíveis. É o caso, por exemplo, do Grupo 2, onde São Raimundo-RR e Juventude Samas-MA brigam para permanecer vivos na disputa. No momento em que escrevo (manhã de terça-feira), apenas um ponto os separa.

Da mesma forma, no Grupo 3, Atlético-PB e Globo-RN vão para a última rodada com a esperança de classificação viva e operante. E igualmente no Grupo 4, que tem Coruripe-Al e Potiguar-RN empatados com 18 pontos cada um. Para esses e alguns outros a rodada vai ser de adrenalina.

No caso do Grupo 1, que é o que interessa para “nosotros” (expressão que eu aprendi nos meus tempos de viajante pela América espanhola), não tem mais espaço pra ninguém entre os quatro times que passam de fase. Tudo certo, sendo que a única indefinição é a de se saber quem fica em qual lugar.

Nesse momento, a cabeça do Grupo está nas mãos do amazonense Fast Club, seguido pelo paraense Bragantino e pelos acreanos Galvez e Rio Branco. São poucas as probabilidades dessa classificação se alterar, levando-se em conta que o Fast faz seu último compromisso jogando dentro de casa.

Para os torcedores e palpiteiros mais pragmáticos, pouco importa quem seja primeiro e quem seja quarto lugar nessa fase de grupos. Para esses, o importante é a classificação, uma vez que depois é como se fosse dada a largada de uma nova competição, onde as eliminações são do tipo sumárias.

Por outro lado, no raciocínio daqueles mais analíticos, teoricamente o time que acaba a primeira fase em melhor colocação vai pegar um adversário mais fraco na fase seguinte. É que, de acordo com o regulamento do torneio, o primeiro lugar de um grupo tem pela frente o quarto lugar do grupo rival.

Assim sendo, caso a classificação, neste momento, estivesse definida, o Fast cruzaria os bigodes com o roraimense São Raimundo, sendo que faria a partida de volta nos seus próprios domínios, no calor da capital manauara. Situação que o colocaria como franco favorito para ir às oitavas-de-final.

É por aí, meus queridos leitores. Tudo que eu disse nas linhas anteriores são apenas possibilidades. Sendo o futebol uma caixinha de surpresas, no minuto seguinte tudo pode ser/estar diferente. Nada permanece. Mais ou menos como as águas do rio que nunca são as mesmas para dois mergulhos.