O funil da Série D está cada vez mais apertado. Dos 64 clubes que disputaram a fase de grupos, restam apenas 16. Desde a etapa anterior, como diria um bom pescador, “cada enxadada é uma minhoca”. Ou então, como diriam os melhores filósofos de botequim, “escreveu não leu, o pau comeu”.
No caso da região Norte, foram 12 os times que iniciaram a disputa (três do Acre, um do Amazonas, um do Amapá, dois do Pará, dois de Rondônia, dois de Roraima e um do Tocantins). Desses todos, só sobrevivem dois times nas oitavas de final: o amazonense Fast e o acreano Galvez.
O Fast mandou muito bem na fase de grupos, vencendo sete dos seus 14 confrontos. O time do glorioso espaço territorial das mitológicas guerreiras amazonas (daí a origem do nome do estado) perdeu em somente duas oportunidades. E cinco foram os empates. Muito boa campanha sim.
Enquanto isso, no Galvez, cujo nome tomou emprestado do primeiro e único imperador das terras onde, posteriormente, fruto de muita bala e inúmeras gestões diplomáticas, veio a se formar o estado do Acre, também sete foi o número de vitórias, perdendo quatro e empatando outras três vezes.
No que diz respeito ao primeiro mata-mata, posso dizer que tanto um como o outro se comportaram de forma heroica. O Fast só definiu a sua classificação na cobrança de penalidades máximas, depois de dois empates. E o Galvez, melhor ainda, foi buscar o seu triunfo lá na terra dos inimigos.
Naturalmente, cada vez a coisa vai ficando mais complicada. O Fast só passa das oitavas se sobrepujar o norte-rio-grandense Globo, time que recentemente estava disputando a Série C. A seu favor apenas o fato de que a partida decisiva vai ser jogada em Manaus, na bela Arena da Amazônia.
No lado do Galvez a parada vai ser uma daquelas que a gente costuma chamar de “federal”. Sobrou para o time da Polícia Militar do Acre um confronto contra outro potiguar: o tradicional América, cujo currículo inclui até participações, em outras eras, na divisão de elite do futebol brasileiro.
Por mim, passam os dois (Fast e Galvez) para a fase seguinte. Mas quando digo isso o faço tão somente do ponto de vista do torcedor, sem nenhum fator palpável de análise. Somente mesmo pelo meu desejo de que a região Norte ganhe mais representação no quadro geral do futebol pátrio.
É isso, por hoje. No mais só pra dizer que a vacina está saindo. Quer dizer, a vacina já está correndo o mundo. Mas isso só em países onde a saúde das pessoas interessa aos governantes. Os negacionistas e incompetentes de toda a espécie ainda levarão algum tempo para começar a vacinar o seu povo!