Esqueça banheiros sem papel higiênico, falta de segurança no acesso aos estádios, entrada com empurra-empurra, gente sentada em seu lugar. Tem até trem direto levando o pessoal à boca da arena a partir do centro da cidade.
A torcida argentina dá de mil a zero na brasileira que fica impassível mesmo quando o jogo acontece na casa de uma das torcidas mais aguerridas do País: a corintiana. De vez em quando os brasileiros quebravam o silêncio: Suíça, Suíça. Pensei em um momento que o Roberto Justus tivesse do meu lado vibrando com os europeus.
Uma delícia! Dezenas de lugares para pegar um cervejinha, sem sufoco. Ah, tem a lojinha de suvenires para comprar uma lebrancinha. A Copa está acabando e o fuleco de pelúcia eles estão fazendo promoção: leve três e pague dois.
Fotos com abraços ao lado dos cheirosos suíços. Argentina, brasileiro quer distância, a não ser quando deseja fazer um turismo baratinho, em Buenos Aires, e se esbaldar com reais no bolso bebendo um bom vinho local. Essa hora eles são mais limpinhos!
Na saída, depois da chorada vitória argentina, que delícia andar até o metrô. Tudo sinalizadinho, arrumadinho. Que sensação de segurança! Tem opção de ônibus gratuito também, até uma estação mais para frente. Fique tranquilo!
Na chegada à estação, um monte de gente debruçada no alambrado que separa o acesso dos torcedores e a realidade da Zona Leste de São Paulo. As pessoas pareciam esperar que algum torcedor jogasse uma camisa para galera. Quem sabe um endinheirado suíço. Ou pode ser até mesmo um argentino, mas como as coisas não andam bem por lá, é melhor apostar uma ação desse tipo dos europeus.
Bem vindo ao ambiente “Padrão Fifa” da Copa do Mundo. Uma beleza! Daqui a pouco volta o Campeonato Brasileiro e a eterna dúvida se vale a pena despencar para o estádio correndo todos os riscos “Padrão Brasil” ou ficar em casa mesmo, sentando em frente a televisão com cerveja na geladeira no padrão “é o melhor que eu faço”.
Augusto Diniz