Rio Branco e Atlético viverão as emoções da terceira rodada do campeonato brasileiro da série D de 2014 neste domingo, 3 de agosto. O Estrelão joga contra o Santos, em Macapá, terra de Jangito, Antônio da Loteca, Socó, Bira e Aldo. O Galo do 2º distrito joga em casa, no seu próprio terreiro, por assim dizer, contra o roraimense São Raimundo.
Os dois representantes acreanos entram em campo em situações diametralmente opostas. Enquanto o Rio Branco vai medir forças contra o alvinegro amapaense pela primazia de permanecer na frente da tabela de classificação, o Atlético enfrenta o time azulino de Roraima tentando se livrar da incômoda posição de último colocado do grupo dos nortistas.
O Rio Branco soma quatro pontos, fruto de uma vitória em casa, em cima do mesmo São Raimundo que jogará contra o Atlético, e um empate em Manaus, contra o Princesa do Solimões. O Atlético, por sua vez, só alcançou um pontinho, fruto do empate em casa contra o Santos, já que no confronto seguinte o Galo perdeu para o Genus, jogando em Porto Velho.
Eu diria que a campanha do Rio Branco até aqui está dentro do esperado pela sua torcida. O Estrelão, embora ainda tenha muito que evoluir, bem como ainda necessite de uns três ou quatro reforços pontuais para, de fato, sonhar como o acesso à série C, fez o dever de casa, ganhando do São Raimundo, e trouxe um pontinho do jogo de Manaus.
Enquanto isso, eu diria também que o Atlético tem sido, igualmente “até aqui” (escrevo essa última expressão entre aspas na esperança de que a vida do Galo comece a mudar imediatamente) uma grande decepção, dado tudo que os seus torcedores esperavam dele. Além de somar apenas um pontinho em seis disputados, sequer conseguiu marcar algum golzinho.
Esse jejum de gols do Atlético, aliás, é algo de intrigar qualquer cristão. Se a gente olhar direitinho, o Galo tem vários bons jogadores de ataque no seu elenco. Ailton, Eduardo, Juliano César, Gessé… E ainda o Testinha e o Ley, que mesmo não sendo atacantes, aqui e ali guardam uma bola nas redes adversárias. De fato, um mistério esse jejum do time celeste.
Naturalmente (e isso que eu vou dizer agora vale para Rio Branco, Atlético e todos os demais times da série D) ainda tem muita água para correr sob a ponte até que se definam os dois classificados de cada grupo. Ainda são 24 pontos a serem disputados. Mas é claro também que ninguém pode se dar ao luxo de começar a fazer cálculos tão no começo da disputa.
O futebol acreano, que um dia já disputou até a série B, e que num passado recente fazia tremer os oponentes (quaisquer que fossem) que vinham jogar na Arena da Floresta, precisa voltar a ser feliz, com a máxima urgência. A única trilha da felicidade é a da vitória. Só mesmo ganhando os três pontos em disputa é que as janelas para o infinito podem ser abertas.
Francisco Dandão