Ruy Macaco morreu aos 58 anos, vítima de um derrame cardiovascular. Foto/Acervo Manoel Façanha.

Há exatos 14 anos o futebol acreano perdia Ruy Macaco

MANOEL FAÇANHA

Um dos goleadores mais implacáveis do futebol acreano dos fins dos anos 1960 e da década de 1970, onde, ao lado de outros craques memoráveis sacudiram o torcedor nas arquibancadas do lendário Stadium José de Melo, partiu para a eternidade há exatamente 14 anos. Estamos falando de Ruy Francisco de Melo Filho, que na época do falecimento registrava 58 anos de idade. Apelidado no mundo futebolístico de Ruy Macaco, o artilheiro vestiu as camisas de cinco equipes: Rio Branco FC, GAS, AC Juventus, Independência FC e Atlético Acreano. 

Habilidoso, veloz e dono de um chute implacável aos goleiros adversários, Rui Macaco foi vítima de um derrame cardiovascular, não resistido às seqüelas e indo a óbito na madrugada do dia 19 de abril de 2007.

Rio Branco – 1965. Em pé, da esquerda para a direita: Campos Pereira, Dinaldo, Zé Augusto, Rômulo, Dadá, Stélio e Romeu. Agachados: Rui Macaco, Klerman, Ernani Petroleiro, Babá e Elízio. Foto/Acervo Francisco Dandão.

Grêmio Atlético Sampaio (GAS) – 1967. Em pé, da esquerda para a direita: Toinho, Viana, Palheta, Pional, Chico Alab e Rocha. Agachados: Amílcar, José Augusto, Babá, Rui Macaco e Ailton. Foto/Acervo Francisco Dandão.

Natural de Brasiléia, Rui apareceu no futebol local ainda jovem e o primeiro clube foi o Rio Branco FC. Logo depois, a idade militar forçou uma transferência para o Grêmio Atlético Sampaio (GAS), equipe formada por militares. Na sequência da carreira, o artilheiro vestiu a camisa do AC Juventus. No entanto, o clube de coração, o Independência FC, foi quarto da carreira, onde fez história ao lado de José Augusto, Bico-Bico, Escapulário e tantos outros astros tricolores da época. Outro grande clube que viu Ruy Macaco desfilar com a camisa foi o Atlético Acreano.

Atlético Acreano – 1970. Em pé, da esquerda para a direita: Altir, Rui Macaco, Mário Mota, Dêmis, Maurício Bacurau, Toinho, Zé Alab e Bosco. Agachados: Danilo Galo, Oliveira, Euzébio, Moreira, Célio e Vítor. Foto/Acervo Lourival Pinho.

Com a camisa do Independência, o atacante Rui Macaco foi o segundo maior artilheiro do futebol brasileiro na temporada de 1974, ficando apenas atrás do folclórico Dadá Maravilha, do Atlético Mineiro.

Independência – 1974. Em pé, da esquerda para a direita: Zé Lins (diretor), Flávio, Chico Alab, Escapulário, Palheta, Deca e Zé Augusto. Agachados: Bico-Bico, Aldemir Lopes, Rui Macaco, Augusto, Júlio César e Tonho. Foto/Acervo Zacarias Fernandes.

Rui deixou a esposa e cinco filhos e a certeza de muitos amigos, entre eles, Adalberto Ferreira e o primo Zezinho Melo, da Rádio Difusora. Na época da sua morte, na redação de O Rio Branco, Adalberto Ferreira lembrou com saudosismo do amigo. “Era um amigo brincalhão, adorava pagode e acima de tudo era uma pessoa prestativa”.