No choque do Galos, o mineiro ainda não perdeu uma partida oficial para o xará acreano. Foto/Manoel Façanha

Arquivo do Façanha: conheça a história dos confrontos do Atlético-MG em solo acreano

MANOEL FAÇANHA

O confronto deste domingo (9), a partir das 17h, no estádio Florestão, envolvendo Galvez-AC e Atlético-MG, pelo jogo da volta das oitavas-de-final da Copa do Brasil Sub-20, será o sexto confronto do time mineiro contra uma equipe acreana. O “Arquivo do Façanha”, então, aproveitando o momento de mais um duelo entre os clubes dos dois estados, resolveu contar um pouco da história da presença do Galo mineiro em solo acreano.

Essa história dos confrontos entre clubes acreanos e Galo mineiro iniciou na temporada 1992, quando da 4ª edição da Copa do Brasil. O duelo ocorreu dia 14 de julho, no Stadium José de Melo. Na véspera da partida, o time mineiro treinou no local da partida. O técnico Vantuir Galdino para o compromisso não pôde contar com o atacante Etevaldo, lesionado. Os demais titulares estavam à disposição do comandante atleticano. Em solo acreano, a equipe mineira optou por um discurso de respeito ao adversário, exceto o volante Moacyr, esse, segundo a reportagem do jornal O Rio Branco, teria destratado a imprensa local. O goleiro João Leite, os laterais Paulo Roberto e Alfinete, os meias Eder Lopes, Valdir e o próprio Moacyr e ainda os atacantes Sérgio Araújo e Volnei, alguns deles com passagens pela seleção brasileira, eram os principais jogadores do elenco atleticano.

Por outro lado, o Galo Carijó, então campeão acreano da temporada de 1991, apesar do discurso de respeito ao xará mineiro, deixava claro que não temiam o adversário. O meia celeste Tinda, sem papas na língua, declarou à véspera da partida que os mineiros, apesar de contar com uma folha salarial bem acima da praticada pelo Atlético Acreano, não seria esse fator que faria a diferença dentro de campo. O meia ainda apimentou mais a conversa ao afirmar que nome não ganharia jogo.

Gilmar, Ney, Siqueira e Tinda durante treino do Galo Carijó para pegar o xará mineiro. Foto/Acervo Manoel Façanha.

O desfecho da partida terminou com uma vitória suada dos mineiros por 1 a 0, gol do zagueiro André Figueiredo. O trio de arbitragem da partida era composto pelo árbitro rondoniense Lourival Domingos “Becão” (in-memória), assistido por Floriano Vieira e Alcimar Caetano (RO). Naquela oportunidade, o time acreano era comandado pelo técnico cearense Coca-Cola (in-memória) que mandou a campo a seguinte escalação: Klowsbey; Isac, Nego (in-memória), Chicão e Siqueira (Ricardo); Gilmar, Ney e Tinda; Dim, Ivo e Ley. Por outro lado, o Galo mineiro fez sua primeira apresentação no Acre com o seguinte time: João Leite; Alfinete, André Figueiredo, Rusley e Paulo Roberto; Eder Lopes, Valdir e Moacyr; Sérgio Araújo, Volnei, Claudinho (Zé Carlos). Técnico: Vantuir Galdino.

No jogo da volta, ocorrido dia 28 de julho, no estádio Mineirão, em Belo Horizonte-MG, o time mineiro venceu por 2 a 0. Sérgio Araújo e Chicão (contra) marcaram os gols da partida.

Fac símile do Jornal O Rio Branco de 24 de julho de 1992

Em noite de Obina, Galo faz farra de gols contra o Juventus-AC na Arena da Floresta

A segunda passagem do Atlético-MG pelo solo acreano ocorreu 18 anos depois, também pela Copa do Brasil de 2010. O adversário do Galo naquela oportunidade foi o Atlético Clube Juventus, em jogo disputado no dia 24 de fevereiro, no estádio Arena da Floresta, com 6.030 pagantes e renda de R$ 133.035,00. O árbitro da partida foi o mato-grossense Wagner Reway, assistido por Márcia Bezerra Lopes Caetano e Wilson Gonçalves de Aquino (RO). E falando da rondoniense Márcia Caetano, é digno de registro que ela era filha de Lourival Domingos, “Becão”, árbitro que dirigiu o primeiro jogo do Atlético-MG em solo acreano.

Fac símile do Jornal O Rio Branco de 03 de fevereiro de 2010
O atacante Obina, ex-Flamengo, era o mais festejado entre os torcedores presentes ao treino do Galo Carijó no estádio Florestão. Foto/Manoel Façanha.
Jogadores do Atlético-MG durante treino físico no Acre. Foto/Manoel Façanha.
Torcedores nas arquibancadas do estádio Florestão se misturam as bicicletas durante treino do Galo mineiro. Foto/Manoel Façanha.
Jogadores do Atlético-MG chegam ao treino no Florestão. Júnior e Marques entre os mais badalados. Foto/Manoel Façanha
O atacante Marques (D) durante trabalho com bola no estádio Florestão. Foto/Manoel Façanha.
Imprensa presente no treino do Atlético-MG. No primeiro plano, o cronista esportivo Alberto Casas. Foto/Manoel Façanha.
Os goleiros atleticanos puxam a fila do trabalho físico no treino do Galo mineiro. Foto/Manoel Façanha.
O meia Ricardinho, campeão mundial com a camisa verde amarela, refletindo durante treino no Acre. Foto/Manoel Façanha.
Em 2010, o treino do Atlético-MG foi bastante descontraído no gramado do Florestão. Foto/Manoel Façanha.

Naquela ocasião, o Atlético-MG era comandando pelo técnico Wanderley Luxemburgo. Na véspera da partida, o time treinou levemente no estádio Florestão. O atacante Obina, ex-Flamengo, era o mais festejado entre os torcedores presentes na movimentação. A retribuição do carinho do torcedor local ocorreu no dia seguinte diante do Juventus. Foi o próprio Obina que comandou a farra de gols do time mineiro na Arena da Floresta, ao marcar cinco vezes na vitória elástica dos mineiros diante dos acreanos por 7 a 0. Tardelli e Marques completaram a goleada acachapante. Digno de registro que, os cinco gols marcados naquela ocasião pelo atacante Obina o colocaram na história do clube, pois há 19 anos, um atleta não marcava cinco gols numa mesma partida com a camisa do Atlético-MG. Nesta segunda vitória em solo acreano, o Galo formou da seguinte maneira: Aranha; Coelho (Muriqui), Cáceres, Jairo Campo e Júnior; Jonílson (Ricardinho), Carlos Alberto, Renan Oliveira e Evandro; Tardelli (Marques) e Obina.

O quarteto de arbitragem para Juventus-AC x Atlético-MG era formado por Márcia Bezerra Lopes Caetano, Wagner Reway , Josimar Almeida e Wilson Gonçalves de Aquino (RO). Foto/Manoel Façanha
O atacante Obina comemora um dos cinco gols marcados na vitória do Atlético-MG sobre o Juventus-AC. Foto/Manoel Façanha.
O atacante Diego Tardelli também deixou sua marca na vitória do Galo no Acre. Foto/Manoel Façanha.
O técnico Wanderley Luxemburgo comando o Galo mineiro na sua segunda vitória no Acre. Foto/Manoel Façanha.
Torcida atleticana marcou presença em bom número nas arquibancadas do estádio Arena da Floresta. Foto/Manoel Façanha.
Torcedores levam cartazes para mostrar o amor ao Galo mineiro. Foto/Manoel Façanha
Torcedor juventino ficou frustrado com a derrota acachapante para o Atlético-MG. Foto/Manoel Façanha.
O lateral atleticano Coelho (ao fundo) durante partida contra o Juventus-AC. Foto/Manoel Façanha.

Por outro lado, o Juventus, então campeão acreano, vivia, além da perda de boa parte do elenco do título da temporada 2009, a troca de treinadores, fato que aconteceu algumas semanas antes da estreia contra o Galo. O técnico Marcelo Altino, após menos de um mês no comando técnico do clube, deixou o cargo e o substituto foi o então diretor de futebol juventino Illimani Suares. Sem realizar uma partida oficial na temporada e sentindo bastante a ausência de ritmo de jogo, o rubro-negro acreano entrou em campo dando muito espaço à equipe mineira e o resultado foi uma derrota parcial nos primeiros 45 minutos por 3 a 0. Na etapa complementar de partida, Obina, em noite pra lá de iluminada, marcou outros três gols e se consagrou na Arena da Floresta contra um Juventus irreconhecível e formado da seguinte maneira: Felipe; Jonas, Silvão, Josimar e Antônio Marcos; Castanheira (Wagner), Jeferson, João Paulo (Hulan) e Rozier; Thiago (Jamil) e Marcelo Cabeção.

AC Juventus – 2010. Em pé, da esquerda para a direita: Jeferson, Jeferson Castanheira, Silvão, Marcelo Cabeção, Josimar, Felipe e Marcos (treinador de goleiros). Agachados: Tiaguinho, João Paulo, Jonas, Antônio Marcos, Rozier e Coelho (comissão-técnica). Foto/Manoel Façanha.

No terceiro choque dos Galos em solo acreano, o mineiro sofreu, mas avançou

Oito anos depois do feito do atacante Obina com a camisa do Atlético-MG, o clube mineiro retornava ao Acre para encarar, mas uma vez, o Atlético Acreano, seu primeiro adversário da terra do ambientalista Chico Mendes e do cronista esportivo Armando Nogueira, ambos morando hoje no céu. Ricardo Oliveira e Roger Guedes eram os atacantes do time visitante, mas já sabiam que não teriam a vida fácil como Obina teve quando da segunda passagem do clube mineiro por essas bandas.

Fac símile do Jornal Opinião de 17 de fevereiro de 2018

Ciente de um jogo mais complicado em relação à última passagem da equipe pelo Acre, o Galo mineiro fez, na véspera da partida, um treino leve no estádio Arena da Floresta. O técnico Oswaldo de Oliveira fez apenas uma mudança em relação à última partida da equipe. O lateral esquerdo Danilo perdeu a titularidade para Fábio Santos, esse recuperado de um problema clínico.

O zagueiro Leonardo Silva durante treino do Galo mineiro no estádio Arena da Floresta. Foto/Manoel Façanha
Na véspera da partida, o volante Elias participou do treino físico no estádio Arena da Floresta. Foto/Manoel Façanha
O atacante Ricardo Oliveira buscando adaptação ao gramado do estádio Arena da Floresta. Foto/Manoel Façanha
O atacante Roger Guedes faz aquecimento durante treino do Galo no estádio Arena da Floresta. Foto/Manoel Façanha
O goleiro Victor faz uma parada para tomar água durante treino do Galo no estádio Arena da Floresta. Foto/Manoel Façanha
O técnico Oswaldo Oliveira chegou para a partida no Acre já balançando no cargo. Arena da Floresta. Foto/Manoel Façanha
Atlético Acreano 2018. Em pé, da esquerda para a direita: Layf Barros (fisioterapeuta), Diego (auxiliar), Diego Barros, Kássio, Diego, João Marcus, Rafael, Dorielson Mendes (preparador de goleiros) e Álvaro Miguéis (técnico). Agachados: Leandro, Araújo Jordão, Ancelmo, Jeferson, Polaco, Matheus Damasceno e Alceivo (auxiliar). Foto/Manoel Façanha.
Jogadores do Atlético Mineiro durante a solenidade de partida contra o Atlético Acreano. Foto/Manoel Façanha
O trio de arbitragem da partida posa entre os jogadores dos dois Galos. Foto/Manoel Façanha
Jogadores dos dois Galos e arbitragem se confraternizam antes da partida. Foto/Manoel Façanha
Torcedora mirim do Galo mineiro no gramado do estádio Arena da Floresta Foto/Manoel Façanha
Torcedores atleticanos se retiram do gramado do estádio Arena da Floresta Foto/Manoel Façanha

Lembro-me que, após o treino do Galo, recebi, além de um e-mail, uma ligação do ex-zagueiro Edinho, atleta que fez história no Fluminense, seleção brasileira e outros clubes, e, naquela época, então comentarista da Sportv. “Olá Façanha, seu contato foi passado a mim pelo jornalista Artur Eugênio (futebolinterior.com.br). Tô querendo contigo algumas informações a respeito do Atlético Acreano, pois fui escalado para comentar a partida deles diante do Atlético-MG”, disse o comentarista a quem atendi.

E realmente o time mineiro não teve vida fácil nesta sua última passagem pelo Acre. O empate contra o Galo Carijó por 1 a 1 custou, um dia depois, a demissão do técnico Oswaldo de Oliveira. O profissional, que já estava na corda bamba no comando técnico do Galo mineiro, não somente bateu boca com um repórter da Rádio Inconfidência-MG, mas quase também foi às vias de fato com o cronista esportivo. O resultado do incidente custou o emprego de Oswaldo Oliveira.

O zagueiro João Marcus comemora o gol do Atlético-AC. Na imagem aparecem ainda os jogadores Rafael Barros, Kássio e Matheus Damasceno. Foto/Manoel Façanha

Vindo de um bicampeonato acreano e um acesso à Série C, o Atlético-AC, então comandado pelo técnico estudioso Álvaro Miguéis, iniciou a partida com personalidade e buscando o jogo, tanto que abriu o placar no jogo aéreo com o zagueiro João Marcus. Os visitantes, com mais posse de bola, tentaram uma reação, mas tinham dificuldades e o gol de empate saiu de um erro infantil do lateral direito Matheus Damasceno. O jogador perdeu a bola no meio-campo e o Galo mineiro armou o contra-ataque. Roger Guedes avançou, entrou na área e finalizou, mas o goleiro Raphael Barrios espalmou. E, na sobra, Erik completou para o fundo das redes, deixando tudo igual no placar.

Os jogadores Erik e Roger Guedes comemoram o gol de empate do Galo mineiro. Foto/Manoel Façanha.

Na volta dos vestiários, o Galo acreano se jogou ao ataque na busca do segundo gol. Rafael Barros fez jogada pela esquerda e serviu para Polaco, esse fintando dois marcadores do time mineiro e finalizando a trave direita do goleiro Victor. Quase!

O zagueiro Leonardo Silva divide lance com o atacante Rafael Barros no choque dos Galos no Acre. Foto/Manoel Façanha.

O Galo mineiro respondeu aos 20’. Otero recebeu livre na grande área e bateu cruzado, Raphael Barrios afastou com o pé e a bola sobrou nos pés de Ricardo Oliveira, que finalizou a gol, mas o goleiro Raphael Barrios salvou outra vez o Galo Carijó.

A zaga celeste não deu espaço para o atacante Ricardo Oliveira. Foto/Manoel Façanha

Aos 28’, a zaga do Atlético Acreano saiu jogando errado. Luan dominou a bola na entrada da área e lançou para Marco Túlio que cruzou para Elias, que perdeu um gol incrível dentro da pequena área. Aos 46’, Marco Túlio recebeu a bola na entrada da área e bateu por cima do gol.

Os minutos finais de partida foram bastantes “brigados” no estádio Arena da Floresta. Foto/Manoel Façanha

Com a classificação, o Atlético-MG avançou na Copa do Brasil, mas acabou eliminado nas quartas-de-final diante do Santos-SP, após vitória em casa por 2 a 1, e derrota na Vila Belmiro, por 3 a 1.

Victor elogia o Atlético-AC, após a classificação

Ciente que o time mineiro não tinha realizado uma grande partida em solo acreano, o experiente goleiro Victor explicou que o importante naquele momento foi à classificação da equipe mineira para a próxima fase da Copa do Brasil. O arqueiro também elogiou ao futebol apresentado pelo Atlético Acreano. “Eles fizeram um bom jogo, precisamos reconhecer isso”.

Titular na vaga de Cazares, Erik fez ótima partida. O jogador além de marcar o gol do empate diante do Galo acreano conseguiu impor velocidade sobre os adversários e sempre foi a principal válvula de escape.

Após a partida no Acre, o goleiro Victor deu a seguinte declaração sobre o xará acreano: “Eles fizeram um bom jogo, precisamos reconhecer isso”. Foto/Manoel Façanha

Polaco satisfeito com o rendimento do Galo

A vaga do Atlético Acreano esteve bem perto para a segunda fase da Copa do Brasil num chutaço do meia-atacante Polaco. O atleta se livrou da zaga mineira e acertou um belo chute na trave direita do goleiro Victor. Mesmo com a eliminação da Copa do Brasil, Polaco deixou o gramado satisfeito, pois além da sua boa partida, o Atlético Acreano não se intimidou diante do gigante Atlético Mineiro. “Vamos continuar trabalhando visando à disputa do Campeonato Acreano e também do Brasileiro da Série C”.

O meia-atacante Polaco deixou o gramado satisfeito, apesar da perda da vaga. Foto/Manoel Façanha.

Ficha técnica

Atlético Acreano 1 x 1 Atlético Mineiro

Local: Arena da Floresta (em Rio Branco-AC);

Data: 07/02/2018 (quarta-feira);

Árbitro: João Batista de Arruda (RJ);

Assistentes: Dibert Pedrosa Moises (RJ) e Luiz Antonio Muniz de Oliveira (RJ);

4º árbitro: Carlos Ronne Casas de Paiva (AC);

Gols: João Marcus aos 6′ e Erik aos 43′ do 1º tempo;

Cartões amarelos: Jeferson, Leandro Jucá e Matheus Damasceno (Atlético Acreano); Elias, Otero e Samuel Xavier (Atlético Mineiro);

Atlético Acreano: Raphael Barrios, Matheus Damasceno, Diego, João Marcus e Jeferson; Leandro Jucá (Wilson), Kássio e Ancelmo (Psica); Araújo Jordão (Eduardo), Polaco e Rafael Barros. Técnico: Álvaro Miguéis

Atlético Mineiro: Victor; Samuel Xavier, Leonardo Silva, Gabriel, Fábio Santos, Arouca (Adilson), Elias, Erik (Marco Túlio), Otero, Roger Guedes (Luan), Ricardo Oliveira. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Fac símile do Jornal Opinião de 18 de fevereiro de 2018

Uai! em “jogo-treino” entre os Galos em 2017, o acreano venceu

O mundo futebolístico proporciona histórias interessantes, sendo que muitas delas somente serão guardadas para a eternidade pelos artistas que vivenciaram o episódio. No entanto, a importância do fato vai depender do olhar de cada figurante.

Numa manhã de domingo do mês de agosto 2017, nas dependências do CT do Internacional-RS, na cidade de Porto Alegre-RS, as equipes dos Galos acreanos e mineiros resolveram, a convite da comissão técnica do clube da região Sudeste, realizarem um “jogo-treino”. Lembro-me que, um dia antes, o Atlético Acreano vinha de uma brilhante vitória contra o São José-RS por 1 a 0, pelas quartas-de-final da Série D. Por outro lado, o Atlético-MG teria no período da tarde um jogo pelo Campeonato Brasileiro diante do Grêmio-RS.

Claro que, literalmente, a partida não seria aquele jogo-treino, mas sim, uma movimentação do time mineiro visando ajustar os setores para o duelo contra o tricolor gaúcho. A própria assessoria de imprensa do Atlético-MG tratou de minimizar a “derrota” para o xará acreano, ao afirmar que, além de inúmeras paralisações ocorridas durante o jogo para ajustar ataque e defesa, conforme o desenho tático do técnico Rogério Micale, a partida teria sido realizada em campo reduzido.

O certo é que a movimentação ocorreu num clima cordial e de respeito por parte do time mineiro ao primo pobre da região Norte. Os jogadores e comissão técnica dos dois clubes finalizaram a movimentação de forma descontraída e posaram para uma foto histórica no meio do gramado.

Os jogadores e comissão técnica dos dois clubes posam para foto histórica. Foto/Cedida

E pra finalizar o “Arquivo do Façanha” deste final de semana, tenho a informar duas coisas: a primeira é que minha estreia como torcedor, num estádio de futebol (Stadium José de Melo), ocorreu no início dos anos de 1980, no empate sem gols entre acreanos e mineiros, pelo Campeonato Brasileiro de Seleções. A segunda é pra dizer que, em jogos-oficiais entre acreanos e mineiros, registra-se apenas uma vitória dos nortistas (2 a 1 diante da Tombense-MG, em partida disputa no estádio Florestão, pela Série C 2019). No geral, foram 13 partidas disputada pelos clubes dos dois estados: Copa do Brasil (8) Série C (4) e Copa do Brasil Sub-20 (1). Os clubes da terra do pão de queijo e do escritor Guimarães Rosa levam grande vantagem numérica. Foram oito vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. São 33 gols marcados pelos mineiros e apenas seis sofridos.

Na temporada 2012, o Rio Branco-AC não viu a cor da bola e perde de meia dúzia de gols do Cruzeiro-MG. Foto/Manoel Façanha
Na temporada 2012, o Cruzeiro-MG venceu com folga o Rio Branco-AC por 6 a 0. Foto/Manoel Façanha
Na disputa do Campeonato Brasileiro da Série C – 2019, o Atlético-AC derrotou o Tombense-MG por 2 a 1. Foto/Manoel Façanha.
Atlético Acreano e Boa Esporte-MG empataram sem gols no Florestão. Foto/Manoel Façanha.

VEJA OS CONFRONTOS

Copa do Brasil – 1992

Atlético-AC 0 x 1 Atlético-MG

Atlético-MG 2 x 0 Atlético-AC

Copa do Brasil – 1996

Juventus-AC 1 x 1 Cruzeiro-MG

Cruzeiro-MG 4 x 0 Juventus-AC

Copa do Brasil – 2010

Juventus-AC 0 x 7 Atlético-MG

Copa do Brasil – 2012

Rio Branco 0 x 6 Cruzeiro-MG

Copa do Brasil – 2017

Atlético-AC 0 x 2 América-MG

Copa do Brasil – 2018

Atlético-AC 1 x 1 Atlético-MG

Série C – 2019

Boa Esporte-MG 0 x 0 Atlético-MG

Atlético-AC 2 x 1 Tombense-MG

Atlético-AC 0 x 0 Boa Esporte-MG

Tombense-MG 3 x 2 Atlético-AC

Copa do BR Sub-20 – 2021

Atlético-MG 5 x 0 Galvez-AC