As quatro séries do campeonato brasileiro, envolvendo times de todos os estados do país, começam nos próximos dias na sua versão 2021. A primeira a começar é a Série B, já nesta sexta-feira (28). As séries A e C tem seu pontapé inicial no sábado (29). E a Série D começa no dia 5 de junho.
Da região Norte, o time que se encontra no patamar mais avançado é o Clube do Remo, de Belém, que disputa a Série B. Depois do Remo, a região citada tem o Paysandu e o Manaus, respectivamente dos estados do Pará e do Amazonas, na Série C. Todo o resto está escalado para jogar a Série D.
Somando-se tudo, 124 times brasileiros se distribuem por quatro divisões (20 na Série A, 20 na Série B, 20 na Série C e 64 na Série D). Levando-se em conta que a região Norte conta com apenas três equipes acima da última divisão, então a conclusão é óbvia: a participação é pífia!
Ressalte-se que qualquer time pode mudar de divisão, desde que se apresente em campo de forma convincente. Ou seja: com investimentos e gestões competentes o último biscoito do pacote da divisão derradeira tem chance de ascender até à turma de elite e se transformar em cereja de bolo.
É isso, aliás, que os torcedores dos times dos “confins do Judas” almejam e sonham quando veem o seu clube do coração entrar na disputa da Série D. Para muitos, a esperança se renova a cada ano. No mais das vezes porém, o que sobrevém é uma profunda frustração ao fim da temporada.
Mutatis mutandis, como diria o meu saudoso professor de filosofia Fernando Bastos, no mestrado da Universidade de Brasília (UnB), na década de 1990, o que interessa para os acreanos neste momento é que o Atlético e o Galvez entram em campo mais uma vez em busca do acesso à Série C.
Ambos estreiam no domingo, 6 de junho. O Atlético faz o seu primeiro jogo nos próprios domínios contra o roraimense São Raimundo. O Galvez vai ao interior do Pará, medir forças contra o Castanhal. Teoricamente, a tarefa do Atlético é mais tranquila, pelo fator casa. Mas só teoricamente!
Falo de teoria porque quando a bola rola tudo o que não entra em campo fica para trás. Visitantes podem virar feras soltas no mundo e se tornar deveras indigestos. Ainda mais nesses tempos de pandemia, quando os estádios permanecem vazios e não existe incentivo vindo das arquibancadas.
Enfim, os dados estão prestes a rolar e a sorte a ser lançada. Só o tempo poderá dizer se algum time do Norte vai subir de divisão no ano que vem. Eu prefiro acreditar que sim, mas sempre mantendo um pezinho atrás. Os ventos dessa região só moverão moinhos quando alguém acreditar nisso!