Sou cada vez mais fã desse senhor Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. Vejam que ele, apesar de ter a sua eleição posta em dúvida pelo governo brasileiro, uns meses atrás, paga agora a insensatez com a promessa do envio de milhões de doses de vacina contra a Covid para os brazucas.
Comportamento diametralmente oposto ao do seu antecessor, negacionista até a medula e ignorante até a unha do dedo mindinho do pé (tal e qual), que se tivesse sido reeleito certamente ainda não teria vacinado quase ninguém naquele país (tal e qual). Felizmente, a história avança por rupturas.
Joe Biden, ao contrário dos dementes de toda a espécie espalhados pelo mundo, acredita no poder da ciência e apostou na vacinação em massa tão logo ascendeu ao trono da Casa Branca. E o resultado está aí aos olhos de todos. Por lá, já se pode tirar as máscaras e ir aos ginásios e estádios!
A derrota do presidente anterior era uma espécie de crônica de uma surra anunciada, nos Estados Unidos. Eu estive em Nova York em 2019 e vi como boa parte do público se referia ao então mandatário. Transmutando a realidade, de lá pra cá, eu diria que o cara era o pateta mentiroso lá deles.
Por uma questão de justiça, porém, não se pode dizer que o Brasil esteja inerte no tocante às preocupações sociais. Talvez o foco seja outro, mas aqui também se cuida do povo. Prova disso é que nós (“nós quem, cara-pálida?) sediaremos a Copa América. Uns cuidam da saúde, outros do circo!
E nem se pode dizer que o Brasil seja a primeira nação da história decidida a privilegiar os espetáculos circenses. Na Roma antiga, sob o domínio do piromaníaco imperador Nero, o circo explodia em êxtase enquanto a periferia da cidade pegava fogo. Existem precedentes, senhores!
E na Roma antiga, destaque-se, também existiam epidemias. Era a maior cidade do planeta, opulenta e perdulária, mas também com uma grande população de ratos e piolhos, elementos cruciais para a proliferação de doenças. Talvez a diferença entre nós e eles é que lá o lema era “pão e circo”.
Enquanto isso, nas terras encontradas por Cabral, só prevalece o circo. Pão que é bom, necas de pitibiriba. Como não tem vacina suficiente para todos (Biden agora ficou de mandar), a maioria das pessoas tem que ficar em casa guardando o distanciamento social. E aí falta a tal munição de boca.
Sobre o Peru lá do título, que acabou não entrando na crônica, eu vou deixar para falar num outro dia. A ideia era fazer uma relação entre o mau desempenho deles nas Eliminatórias com o Brasil da Copa América. Terminei por não fazê-lo, por absoluta falta de espaço deste latifúndio.