Origens latinas

Agora que o presidente da Argentina já determinou publicamente as origens do povo lá dele (vindo dos barcos europeus), do povo mexicano (vindo dos índios) e de nosotros (vindos da selva), eu penso que a gente pode concluir que a Europa também exportou tropas de muares para La Plata.

Sim, “muares” (mulas, burros)! Afinal, são esses animais os que mais dão coices nas criaturas desaviadas que passam pela parte dos fundos dos ditos cujos. O senhor presidente da Argentina depois tratou de se desculpar. Mas o mal estava feito e eu acho que as desculpas foram só pra inglês ver.

Perdão, falei nos ingleses! Toquei numa ferida! Esqueci que a nação da Rainha deu um chute no traseiro dos argentinos, tocando-os pra fora das Ilhas Malvinas, no início da década de 1980. Margaret Thatcher mandou Los Hermanos pra casa com o rabo entre as pernas e o furico piscando.

Os argentinos se julgam superiores ao resto da América Latina pela sua colonização, predominantemente espanhola. Isso os torna arrogantes e insuportáveis. Eu já estive em Buenos Aires duas vezes e vi bem como é isso. E com os brasileiros, então, esse comportamento se eleva ao cubo.

Vários dos argentinos com os quais eu interagi nas minhas passagens pela capital portenha, do nada, sem que sequer estivéssemos falando de futebol, me diziam: Maradona és mejor que Pelé! Nessas situações, eu não aceitava a provocação. Fingia que não era comigo. E a conversa morria.

Por tudo isso, e talvez por causa do número maior de títulos mundiais do futebol brasileiro, e sabe-se lá por que coisas outras, eu acho que eles têm é um enorme complexo de inferioridade em relação aos macaquitos. Aí me surge a dúvida se o sangue deles é mesmo nobre ou de cucarachas (baratas).

Sei, estou comparando os títulos mundiais de futebol nossos (cinco – 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) e deles (dois – 1978 e 1986), e aí alguém vai dizer que o velhinho aqui está preso a um passado distante. Mas então eu trago a comparação para hoje, para a classificação das atuais Eliminatórias.

Jogadas seis rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022, a seleção brasileira ostenta 100% de aproveitamento: passou por cima de quem apareceu na frente, venceu dentro e fora de casa. Já a seleção da Argentina, pobre dela, se arrasta empatando aqui e acolá.

Apesar de tudo, pra ser justo, Buenos Aires é uma cidade linda. E os vinhos que os caras produzem lá são daquele tipo de fazer a gente querer sempre abrir uma próxima garrafa. E o churrasco servido em Puerto Madero derrete na boca. Eles tem a suas virtudes. Don’t cry for me, Argentina!