Dois treinadores em atividade no futebol acreano trocaram de idade neste mês de junho. Falo de Paulo Roberto de Oliveira Lima, comandante do Imperador Galvez, e José Marco Rodrigues (o Zé Marco), condutor do Atlético. Paulo fez aniversário no dia 11; Zé Marco comemorou no dia 16.
Coincidentemente (ou não), ambos também foram jogadores de futebol de rara competência. Paulo Roberto era um lateral que defendia e apoiava com a mesma desenvoltura. E Zé Marco, apesar do ótimo trato com a bola, era um volante daqueles de não perder viagem quando ia no lance.
E coincidentemente também (ou não), ambos foram garotos saídos de cidades do interior para ganhar o status de estrelas imprescindíveis nos campos de futebol. Paulo Roberto nasceu em Sena Madureira-AC, em 1958. Zé Marco nasceu no município rondoniense de Rolim de Moura, em 1981.
Paulo Roberto fez toda a sua carreira no Acre. Durante 10 anos, de 1978 a 1987, ele defendeu o Rio Branco, o Juventus e o Independência. Isso depois de passar dois anos (1976 e 1977) nos juniores do Estrelão. Em 1978, convocado pelo técnico Leó, ele alternou partidas na base e no time principal.
E para demonstrar a sua importância, registrem-se os oito títulos dele dentro das quatro linhas, sendo seis estaduais (três pelo Rio Branco – 1979, 1983 e 1986; dois pelo Juventus – 1981 e 1982; e um pelo Independência – 1985) e dois da Amazônia (Rio Branco, em 1979; e Juventus, em 1981).
Outro detalhe relevante que torna a história do Paulo digna de ser repassada de boca em boca é o fato de ele ter conseguido jogar em alto nível apesar de um defeito no braço esquerdo, por conta de uma poliomielite contraída quando ele era criança. Foi preciso muita bola e força de vontade!
Zé Marco, por sua vez, foi uma espécie de cigano da bola, jogando em times de seis estados (Acre, Rondônia, Paraíba, Amazonas, São Paulo e Paraná), entre os anos de 1999 e 2013. Quando acabava uma temporada, uma infinidade de clubes corria atrás daquele baixinho guardião de zagueiros.
Quanto aos títulos conquistados, foram tantos que Zé Marco nem lembra quantos. Mas ele faz questão de destacar três deles: o amazonense de 2001, pelo Rio Negro; o da primeira fase do campeonato paranaense pelo Irati, em 2002; e o paulista da Série A3 pelo Penapolense, em 2011.
Escrevi sobre o Paulo Roberto e o Zé Marco, mas quero salientar que muitos outros craques do futebol acreano nasceram no mês de junho. Casos do Dirceu (1º/1973), Marcelinho (3/1972), Kinho (4/1986), Amarildo Veras (6/1962), Danilo Galo (12/1944), Ley (23/1981) e João Paulo (26/1980).