MANOEL FAÇANHA
O primeiro confronto do Brasiliense em solo acreano ocorreu numa noite de quarta-feira, precisamente no dia 6 de fevereiro de 2002. O adversário do Jacaré foi o Vasco da Gama, equipe então comandada pelo técnico carioca Marcelo Altino.
Com um time formado por alguns jogadores badalados pela imprensa nacional como era os casos dos jogadores Valdeir e Gil Baiano, além de Wellington Dias, o Jacaré, sucumbiu para o Almirante por 2 a 1, em jogo realizado no estádio José de Melo. Índio abriu o placar para o Vasco da Gama, aos 4 minutos. O Brasiliense empatou no início da segunda etapa, através de Xavier, aos 5 minutos. No entanto, o hoje enfermeiro Ciro, um combatente nas “trincheiras” dos hospitais acreanos no sentido de salvar vidas contra a pandemia do novo coronavírus, marcou o gol da vitória do time cruzmaltino, aos 14 minutos. O Jacaré ainda teve a chance do empate numa penalidade, mas o lateral direito Carioca jogou a bola sobre o gol do goleiro Máximo.
No jogo da volta, realizado uma semana depois, o Jacaré venceu por 1 a 0, em jogo realizado no estádio Serejão, em Brasília-DF. O gol da vitória e da classificação do time candango foi marcado por Xavier, aos 48 minutos do primeiro tempo.
Curiosidade
Passadas duas décadas do confronto entre Vasco da Gama-AC e Brasiliense-DF, um fato inusitado chama atenção. Refiro-me a presença do meia Matheus Assis (Mamude), hoje vestindo a camisa do Humaitá. O atleta de 22 anos é filho do saudoso volante Mamude, jogador que vestiu a camisa vascaína naquela noite de 6 de fevereiro de 2002.
Vice-campeão
Na temporada 2002, o Brasiliense decidiu o título da Copa do Brasil contra o Corinthians. O Timão enfrentou o Jacaré pelo segundo jogo da final e empataram por 1 a 1, em jogo realizado no Estádio Elmo Serejo Farias (Serejão). O gol do Corinthians foi marcado por Deivid. Pelo lado do Brasiliense, Wellington Dias empatou, de falta. Com o resultado, o Corinthians foi campeão da Copa do Brasil pela segunda vez, pois havia vencido o primeiro jogo por 2 a 1.
Conforme os noticiários, a história poderia ter sido diferente naquela Copa do Brasil de 2002. O Brasiliense, do então senador Luiz Estevão e do treinado Péricles Chamusca, tinha apenas dois anos de vida e eliminou grandes adversários, como Atlético-MG e Fluminense, chegava à decisão contra o Corinthians, do famoso 4-3-3 de Carlos Alberto Parreira e dos jogadores Kléber, Ricardinho e Gil. No entanto, até hoje a torcida do Brasiliense reclama de um gol irregular do corintiano Gil, no primeiro jogo das finais, ocorrida no Morumbi. O árbitro da partida foi o experiente Carlos Eugênio Simon, que dias depois foi afastado pela comissão de arbitragem da CBF.
VEJA FICHA TÉCNICA
Vasco-AC 2 x 1 Brasiliense-DF
Vasco da Gama-AC: Máximo, Paquito, Josué, Marco Antônio e Ananias; Serginho, Mamude, Ciro (Alan), Índio (Paulinho), Siqueira (Léo) e Marcelo Cabeção. Técnico: Marcelo Altino.
Brasiliense-DF: Donizete, Carioca, Aldo, Leonardo e Cris (Eldon); Marcelo (Emerson), Xavier, Gil Baiano, Paulo César (Valdeir); Maurício e Wellington Dias. Técnico: Osmar Guarnelle.
Árbitro: Almir Belarmino Caetano
Assistentes: Oswaldo Cazuza e Moacir O. da Silva
Gols: Índio (aos 4 do 1º), Xavier (5 do 2º) e Ciro (14 do 2º).
Público: 774 pagantes
Renda: R$ 2.568,00