Números da Libertadores

Nos últimos três anos (2019, 2020 e 2021), só tem dado os times brasileiros na Copa Libertadores da América, torneio que reúne os principais times da América do Sul (houve uma época que os times mexicanos também disputavam o torneio). Superioridade total aqui dos antigos tupiniquins!

Em 2019, o Flamengo superou o argentino River, numa final jogada em Lima, a sempre aprazível capital dos peruanos. Foi uma vitória épica da urubuzada, levando-se em conta que os argentinos saíram na frente. Como o jogo só acaba quando termina, os brasileiros viraram para 2 a 1, no final.

Em 2020, numa decisão entre os times brasileiros do Palmeiras e do Santos, jogada no Maracanã, melhor para o Verdão paulista. Jogo disputado palmo a palmo, o Palmeiras levou o título com o gol de um reserva. O Palmeiras era, sim, melhor, mas o Santos tratou de vender caro a derrota.

Quando chegou 2021, novamente dois times brasileiros fizeram o confronto derradeiro. Aí foi a vez do Palmeiras superar o Flamengo, com um gol improvável do Deyverson, atacante de escassos recursos técnicos, depois de uma falha grotesca do meio campista rubro-negro Andreas Pereira

Apesar dessa hegemonia recente, porém, ainda é considerável a distância no número de títulos conquistados entre brasileiros e argentinos. A turma do samba, da praia e do verão soma 21 conquistas, enquanto o pessoal do tango, do Papa e do nariz arrebitado soma 25 taças levadas pra casa.

Quer dizer, para os brazucas empatarem o game com os portenhos, vai ser necessário vencer direto até 2025. Fato que, convenhamos, apesar de não ser impossível, dado o potencial técnico apresentado hoje por Palmeiras, Flamengo e Atlético Mineiro, também não pode ser considerado nada fácil.

Já em número de títulos por clube, tão cedo não haverá uma equiparação. Os times que mais vezes venceram pelo Brasil foram Santos, São Paulo, Grêmio e Palmeiras (três títulos cada). Enquanto isso, o Independiente lá deles soma sete troféus. O Boca Juniors venceu seis vezes!

De acordo com versões correntes por aí, essa diferença em números de títulos em favor dos argentinos só existe porque os brasileiros no início da competição não lhe davam muita importância. Mas não acredito nisso não. Se fosse assim, o Santos não teria sido campeão em 1962 e 1963.

É isso. Neste ano da Graça de 2022, tudo ainda está em aberto, embora já despontem alguns favoritos. No momento em que cometo essa crônica, o Palmeiras tem passado a carruagem por cima dos adversários. Mas ainda é tempo da fase de grupos. No mata-mata é que a onça gosta de beber água!