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MANOEL FAÇANHA

Estevam Batista de Souza, o craque de ouro do desportista/técnico Darci Silva, iniciou a carreira na equipe amadora do Bangu, onde, na década de 1990, foi campeoníssimo diversas vezes pelo Campeonato de Férias.

Estevão, que nasceu no dia 09 de setembro de 1976, na cidade de Senador Guiomard-AC, teve como grande incentivador da sua carreira futebolística o próprio Darci Silva.

Na temporada 2001, o meia Estevão (10) disputa lance contra o volante tricolor Mundoca. Foto/Acervo Manoel Façanha

A boa visão de jogo e os gols decisivos e ainda o convite para o então desportista Darci Silva assumir o comando técnico da Adesg foram fundamentais para Estevão disputar sua primeira temporada como profissional em 2001. No clube de sua cidade, o meia era titular absoluto e desfilava nos gramados com a camisa 10 do Leão, mas não conseguiu evitar a perda do primeiro turno do estadual para o Rio Branco, em jogo-extra ocorrido naquele ano.

O meia Estevão, agachado, é o quinto da esquerda para a direita na formação da Adesg-2001. Foto/Acervo Manoel Façanha

No ano seguinte, o meia se transferiu para o Vasco da Gama. O ex-jogador relembra que houve dois fatos marcantes na sua passagem pelo clube da Fazendinha: fazer parte do elenco que disputou a Copa do Brasil diante do Brasiliense-DF (2002) e a conquista do vice-campeonato perdido diante do Rio Branco. “Foram dois momentos marcantes na minha carreira, principalmente pelo fato de ter feito parte do elenco que disputou uma edição de Copa do Brasil contra o vice-campeão daquele ano, onde vencemos em casa (2 a 1) e perdemos fora (1 a 0)”, lembrou o ex-boleiro.

Fac símile do Jornal O Rio Branco de 24 de janeiro de 2002

No ano seguinte, em 2003, o meia se transferiu para o Leão de Senador Guiomard, mas a equipe não deu liga e dividiu a penúltima posição da tabela de classificação com o Atlético Acreano. Já na temporada 2004, o boleiro resolveu vestir a camisa do Independência, onde conquistaria com a camisa do clube o Torneio Início do Campeonato Acreano. Na trajetória pelos gramados, Estevão ainda chegou a fazer um início de pré-temporada nas equipes do Rio Branco e do Juventus, mas preferiu seguir em clubes menores pelas oportunidades e valorização.

Adesg – 2003. Em pé, da esquerda para a direita: Vanilson, Faísca, Kaiquê, Batata, Ciro, Carlinhos, Alex, Vampeta, Nego, Dirceu e Mirim (preparador físico). Agachados: Estevão, (…), Dedé, Márcio, Marquinhos Pontes, Pitiú, Carpê e Redson. Foto/Manoel Façanha
Independência – 2004. Em pé, da esquerda para a direita: Alcione, Tom, Djailton, Tidalzinho, Genival, Mássimo, Maxsuel, Josué, Victor e Cley. Agachados: Bigal, Tonho Cabañas, Alcione, Léo, Jota Maria, Barcley e Estevam. Foto/Manoel Façanha.
Independência – campeão do Torneio Início 2004. Estevão é o primeiro em pé, da esquerda para a direita. Foto/Manoel Façanha.

Na carreira, Estevão disse que uma das grandes satisfações foi poder jogar na temporada de 2005 ao lado dos irmãos Márcio e Biroca. O trio foi contratado para fazer parte do elenco competitivo da Adesg. Na época, o Leão de Senador Guiomard, apoiado pelo grupo Arasuper, trouxe o técnico Marquinhos Bahia e mais uma dezena de jogadores do futebol candango. O resultado foi a conquista do Torneio Início e do vice-campeonato acreano. “Mesmo não conquistando o título estadual aquilo foi muito marcante, não somente pra mim e meus irmãos, mas para toda a família Batista”, disse com saudosismo o ex-meia.

Adesg – campeã do Torneio Início do Campeonato Acreano 2005. Estevão está próximo ao troféu de campeão. Foto/Manoel Façanha
Adesg – vice-campeão estadual de 2005. Da esquerda para a direita, o meia Estevão é o sexto agachado. Foto/Manoel Façanha.
Adesg – vice-campeão estadual de 2005. Da esquerda para a direita, o meia Estevão é o penúltimo agachado. Foto/Manoel Façanha.
Os irmãos Batista: Marcinho, Biroca e Estevão posam com o troféu de campeão do 1º turno do estadual 2005. Foto/Manoel Façanha.

Na temporada de 2006, uma grave contusão no joelho fez o ex-meia encerrar precocemente a carreira, aos 30 anos. “Tive uma contusão muito séria no joelho e fui obrigado a encerrar a carreira profissional, mas, hoje, eu continuo batendo animadas peladas com amigos em competições da categoria master”, garantiu ele.

Formado no curso de Educação Física pela extinta CEPEAMA, Estevão Batista, hoje com 45 anos, ganha o pão ministrando aulas na escola Brigadeiro Eduardo Gomes, na cidade de Senador Guiomard. O ex-atleta é casado há 21 anos com Elizete e do fruto da união nasceu o filho Cauet.  Na temporada passada, Estevão ainda conseguiu um tempinho para ser o auxiliar técnico das categorias de base do Andirá.

Treino da equipe sub-20 do Andirá EC. O auxiliar-técnico Estevão Batista posa ao lado do técnico Kinho Brito e jogadores do Morcego. Foto/Manoel Façanha.