Há duas décadas a crônica esportiva chorava a morte de J. Edson

MANOEL FAÇANHA

A morte do cronista esportivo Edson José Herculano Santiago, chamado no meio esportivo de J. Edson, ex-editor de Esportes do jornal A Gazeta, completa nessa quarta-feira (7) duas décadas. O site “Na Marca da Cal” , através do quadro “Boleiro e o Tempo Levou”, traz uma pequena homenagem para esse que durante duas décadas (1982-2022) ajudou a embalar o esporte acreano.

Natural da cidade de Cruzeiro do Sul-AC, J. Edson morreu aos 36 anos (ele nasceu no dia 25 de janeiro 1966). Ele era casado com Vera Lícia Silva Santiago e pai de dois filhos: Carol e Gabriel. Profissional de memória excepcional e bom conteúdo jornalístico, J. Edson iniciou a carreira nos primeiros anos da década de 1980 nas fileiras da Rádio Difusora Acreana. Pouco tempo depois, o faro jornalístico o levou a fazer parte do recém-criado jornal O Repiquete, hoje A Gazeta, diário onde por duas oportunidades assumiria o cargo de editor chefe. Edson ainda trabalhou em outras duas rádios: Alvorada e Acre FM 93.3.

J. Edson durante premiação da Bola de Ouro, ocorrido na década de 1990. Foto/Acervo Carol Santiago

O trabalho qualificado e a dedicação às coberturas esportivas foram suficientes para o profissional ganhar vários prêmios, entre eles: “A Bola de Ouro”, honraria oferecida aos melhores cronistas esportivos do país, em solenidade ocorrida em meados dos anos de 1990, na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro.

No início da carreira, o cronista esportivo J. Edson (camisa de punho) ao lado do jornalista Roberto Vaz. Foto/Acervo Manoel Façanha
O cronista esportiva J. Edson durante premiação da Bola de Ouro, ocorrida em meados dos anos 1990 na cidade de Petrópolis-RJ. Os conterrâneos Chico Pontes e Evandro Cordeiro aparecem à direita da imagens. Acervo/Carol Santiago

Torcedor apaixonado do Atlético Clube Juventus, J. Edson, a época do falecimento já havia se convertido há cinco anos a uma denominação evangélica, na qual era um dos lideres.

Acidente fatal aos 36 anos

J. Edson faleceu ao colidir com o seu automóvel num poste de energia elétrica nas proximidades da cidade de Plácido de Castro, no dia 7 de junho de 2002, quando retornava à cidade de Rio Branco, após reunião com alguns membros de uma denominação religiosa da cidade.

O destino quis que, assim como o renomado narrador esportivo Fiori Gigliotti, dono do jargão esportivo “abre as cortinas e começa o espetáculo”, J. Edson viesse também a falecer durante uma disputa de Copa do Mundo, mas quatro anos antes do paulista Fiori Gigliotti, esse indo a óbito quando da disputa da Copa da Alemanha/2006. Outro cronista esportivo que morreu em período de Copa do Mundo foi Roberto Drummond, duas semanas após a morte de J. Edson.

Veja abaixo depoimentos de personalidades esportivas colhidos dias após a morte de J.Edson

Em casa, o cronista J. Edson com a esposa Vera e a filha Carol. Foto/Acervo Pessoal de Carol Santiago.