João Paulo e Fernando Guerra são atacantes do Andirá. Atletas estão sendo sondados para um possível período de teste em clubes da Hungria e Alemanha
Rio Branco, AC – Treinando em busca de um sonho, os jogadores João Paulo Braga e Fernando Guerra, do clube acreano Andirá, estão sendo sondados para participar de uma seletiva e ter a oportunidade de mostrar suas habilidades nos gramados europeus. Os dois atletas, que têm 17 anos, jogam como atacante e estão na expectativa por um período de teste em clubes da Hungria e Alemanha.
– É um sonho que todo mundo tem. É difícil jogar futebol aqui (no Acre) e temos que sair para outros locais. Se Deus quiser, vamos alcançar o nosso objetivo – diz João Paulo.
Ser um jogador de futebol é um sonho comum de muitas crianças e quando existe a oportunidade de decolar no esporte mais popular do mundo, é preciso agarrá-la com unhas e dentes. Entretanto, Guerra destaca que é preciso escrever uma história dentro do futebol acreano para depois pensar em jogar fora do país.
– Primeiramente, para podermos jogar futebol fora do Brasil, temos que fazer a nossa parte aqui dentro. Construir a nossa história aqui e depois ter uma história fora do estado. O futebol acreano é muito complicado, tem coisas em que não temos tanta ajuda e você tem que superar. Então, como isso é um sonho, nós superamos tudo – destaca o jogador.
Os atacantes são as novas apostas do técnico Elizaldo Torres, que desenvolve um trabalho com os jogadores acreanos e destaca a crise no futebol em revelar um atleta de base.
– Sou um dessas caras que garimpa jogadores. Estou no Acre há 15 anos, trabalhando com escolinhas e times de base. Com isso, a gente vê alguns critérios que temos que detectar em um bom atleta de base, como velocidade e biótipo físico – explica.
Segundo Torres, jogador bom não é aquele que dribla ou se destaca apenas pela velocidade, mas o atleta que entenda da parte tática de um jogo. Esse, segundo o treinador é o diferencial para se chegar ao futebol europeu.
– Hoje o mercado do futebol é muito exigente, tanto nacional como internacional. O europeu é mais exigente ainda porque querem jogadores jovens com a possibilidade de serem moldados para que possam chegar ao profissional com a qualificação de técnica, velocidade, força e também parte tática, que é extremamente importante no futebol hoje – conclui Torres.
O técnico lembra ainda que não há nada definido e que os jogadores ainda estão sendo avaliados para o período de teste. Entretanto, ele fala em quais habilidades cada um dos atletas se destaca.
– O forte de cada um deles é a velocidade, mas também a técnica e habilidade, que hoje é um grande diferencial para o futebol. Eles são jovens e tem um bom biótipo, além disso são jogadores que estão sempre procurando o gol. O que todo clube procura são jogadores de frente que tenham uma certa qualidade técnica, jogadores versáteis – conclui.
GloboEsporte.com – Colaborou Priscilla Andrade, da TV Acre