Copa do Catar: naftalina, passeio brasileiro e outras curiosidades

Estamos a poucos menos de dois meses do Mundial do Catar. O clima de Copa do Mundo ainda não ganhou as ruas e vitrines das lojas ou tão pouco o coração do torcedor brasileiro – muitos deles com sua camisa canarinho guardada naftalina justificada pela bipolarização política vivenciada nos últimos anos no país.

Deixando a política de lado e retornando ao futebol, a seleção brasileira esteve em campo na última sexta-feira (23) para medir forças com Gana, uma das seleções africanas classificadas para o Mundial do Catar. O duelo foi disputado na Normandia – território francês o qual as forças aliadas escolheram para o combate decisivo diante do exército nazifascista de Adolf Hitler e Benito Mussolini durante a Segunda Grande Guerra Mundial, em junho de 1944. Quando a bola rolou o Brasil precisou de apenas um tempo de jogo para massacrar o selecionado africano por 3 a 0. Marquinhos e Richarlison (2x) fizeram os gols do time brasileiro.

O bom futebol apresentado pelos comandados do técnico Tite recebeu elogios de alguns principais veículos esportivos do “Velho Continente”. “O Brasil se diverte em campo e despacha Gana em apenas 45 minutos”, destacou o jornal espanhol Marca que ainda escreveu: “Aconteceu na prática o que a teoria já apontava: com baile a ambiente festivo, o Brasil arrasou Gana no ritmo de Neymar e Vinicius Jr., que se divertiram em campo enquanto a seleção africana buscava sem êxito uma resposta para a avalanche”, escreveu. Também na Espanha, o diário As exclamou: “Isso é Brasil!”. O diário espanhol ainda elogiou a proposta de jogo do técnico brasileiro:  “No final da partida, Tite mostrou que realmente domina seu time. A tática foi muito arriscada, mas efetiva, que não sofreu com Gana”, apontou. Por fim, na Catalunha, o Sport chamou a vitória canarinho de “passeio”.

Agora, a seleção volta a campo na terça-feira (27), contra a Tunísia, no último amistoso antes de Tite fechar a lista para o Qatar.

Quando surgiram os cartões no futebol

Pode parecer surpreendente, mas os cartões nem sempre existiram no futebol. A história dos cartões começa na Copa de 1966, quando de um confronto entre Inglaterra e Argentina. Conta a história que naquela partida formou-se uma discussão entre o árbitro inglês e o capitão da Argentina. Como os idiomas eram diferentes, a briga aumentou enquanto o árbitro inglês tentava explicar que o jogador argentino estava expulso. Na Copa seguinte, no México em 1970, surgiu uma solução para casos. O chefe dos árbitros, o inglês Keen Aston propôs a utilizações dos cartões. A inspiração para as cores veio dos semáforos de trânsito: o amarelo, advertência, enquanto o vermelho, expulsão.

AS CURTINHAS

Você sabia que o Brasil foi sede de duas Copas, em 1950 e 2014. Ser sede duas vezes de uma edição da Copa do Mundo não é um privilégio somente do Brasil, mas também, de outros quatro países:  Alemanha (1974 e 2006), França (1938 e 1998), México (1970 e 1986) e Itália (1934 e 1990).

As primeiras transmissões de televisão da Copa no exterior começaram em 1954. Mas, no Brasil, a novidade só chegou em 1970.

A transmissão daquele ano foi em preto e branco para quase todas as regiões. A única cidade a receber em cores era Itaboraí, no Rio de Janeiro, com imagens da Embratel.

Bom domingo!