Ainda chove em muitos lugares do Brasil, apesar de o verão já haver acabado. Mas, como muito bem disse um dia o poeta, e o sol tratou de espalhar em forma de canção, desde um tempo em que se caminhava contra o vento, portando ou não lenço e/ou documento, “na terra é pleno abril”.
Como não quero dar muita moral pra chuva, levando em conta os transtornos que o seu desaguar desenfreado tem causado no Acre, meu estado de origem, vou deixar esse assunto para os meteorologistas. E vou me ater a lembrar o aniversário neste mês de três amigos, ex-craques das quadras.
Falo do ala/fixo Adrian Allen Moreno, nascido em Rio Branco no dia 8 de abril de 1957; do pivô Elpídio Rodrigues do Nascimento Filho, nascido no dia 11 de abril de 1963, também em Rio Branco; e do goleiro Lauro Fontes, nascido no dia 13 de abril de 1956, igualmente na capital acreana.
O Adrian, cujo pai era o treinador Alício Santos, começou a vida esportiva como lateral-esquerdo do time infantil do Juventus, em 1971. Mas não foi muito longe como jogador dos gramados. Rapidamente ele se mudou para o futebol de salão, chamado à época de “esporte da bola pesada”.
Nessa modalidade, Adrian emprestou sua classe a vários times. Casos, só para lembrar alguns, do Benjamin Constant (reunindo garotos da rua do mesmo nome), do Amapá, do Independência, do Juventus, do Banacre e da seleção acreana. E em todos eles o craque conquistou inúmeros troféus.
A história do Elpídio, mais conhecido como Dô, foi parecida. Depois de passar por times infantis/juvenis como o Fluminense do Barbadinho, a Rodoviária do Rivaldo, o Internacional do Juquinha e o Rio Branco do Illimani, ele se achou como artista da bola na velocidade do futebol de salão.
Por ser um artilheiro, Dô mudou de camisa inúmeras vezes. Tantas camisas que no espaço dessa crônica talvez não desse para citar uma a uma. Todo mundo queria o carinha no seu time. E por ter o passe tão disputado, Dô me confidenciou que faturou uma grana alta no exercício da sua arte.
Já o Lauro, remanescente da antiga quadra do Colégio Acreano e de outra que ficava na frente do Palácio Rio Branco, este, no meu entender, foi simplesmente o melhor goleiro de futebol de salão/futsal do Acre em todos os tempos. Eu já disse isso várias vezes, mas não vou cansar de repetir.
O Lauro pegava, como se dizia antigamente, “até rato ensebado”, ou “até pensamento”, em noite de escuridão e tempestade. Só havia um jeito de fazer um gol no Lauro: xingar a mãe dele! Mas essa maneira de vazar o homem só foi descoberta quando ele já estava prestes a pendurar o tênis!
Vida longa aos três!