Náuas (Cruzeiro do Sul) – 2012. Zé Armando (técnico), Darlan, Alex, Warle, Gato e Flávio. Agachados: Toninho, Vandré, Emerson, Coida, Doni e Fred - Foto Francisco Dandão.

Náuas EC: um clube secular

MANOEL FAÇANHA

Sem grandes alardes e sem muito para comemorar, o Náuas Esporte Clube completa, nesta quinta-feira (19), um século de existência. Fundado no longínquo ano de 1923, na cidade de Cruzeiro do Sul-AC (município localizado a 648 quilômetros de Rio Branco), o clube secular é o segundo mais velho do estado, mas a profissionalização somente ocorreu na temporada de 2008.

Náuas EC – 2008. Em pé, da esquerda para a direita: Gringo, Zé Vila Nova, Zé Antônio, Dony, Gato, Eden, Adjanes e Saraiva. Agachados Chiquinho, Jota Maria, Aslan, Valdecir, Sandrinho, Bergson, Gladson e Kenedy. Foto/Manoel Façanha

Com 13 campeonatos profissionais disputados, o Náuas possui este nome numa homenagem a uma tribo indígena existente em Cruzeiro do Sul na época de sua fundação. O melhor resultado conquistado pelo clube numa edição de estadual ocorreu na temporada de 2009, quando fechou a competição na segunda posição, após derrota nos pênaltis para o Juventus. O Cacique do Juruá coleciona três rebaixamentos e um vice-campeonato em três edições disputadas na série B.

Liderada pelo deputado comunista Edvaldo Magalhães, a torcida no Náuas marcou presença na decisão do estadual de 2009. Foto/Manoel Façanha.
Náuas (Cruzeiro do Sul) – vice-campeonato estadual de 2009. Foto Manoel Façanha.
O saudoso volante Mamud vestiu a camisa do Náuas na disputa da Série D 2010. Foto/Manoel Façanha
Náuas (Cruzeiro do Sul) – 2012. Zé Armando (técnico), Darlan, Alex, Warle, Gato e Flávio. Agachados: Toninho, Vandré, Emerson, Coida, Doni e Fred – Foto Francisco Dandão.

Em competições nacionais, o Cacique do Juruá, que adotou as cores verde, amarelo e o branco, coleciona apenas uma participação na disputa do Campeonato Brasileiro da Série D/2010, onde fechou o torneio na 39ª colocação (penúltima posição), com seis jogos realizados – cinco derrotas e um empate.

O Náuas terá, novamente, como técnico, o desportista Zacarias Lopes. Foto/Manoel Façanha
Náuas – 2020. Em pé, da esquerda para a direita: Brás, Perotto, Alderlan, Valter, Carlos, Wesley, Selsimar Maciel, Mauro e Tião. Agachados: Dudu, Rodrigo, Victor, Pardal, Siri, Igor e Nickson. Foto/Leandro Rodrigues.

O Cacique do Juruá tem como presidente a esposa do ex-presidente e técnico Zacarias Lopes, Janete Lopes, que foi eleita por unanimidade para comandar o clube pelo quadriênio 2023/2027.

Garrincha vestiu a camisa do Náuas

O lendário Mané Garrincha (2º da esquerda para a direita) com a camisa do Náuas, em 1973. Foto/Cedida

Há pouco mais de 50 anos, precisamente no mês de maio de 1973, uma das maiores lendas do futebol mundial, o então já aposentado Mané Garrincha, resolveu fazer três jogos de apresentação no Acre, dois deles no Stadium José de Melo, vestindo por cada meia hora as camisas de Juventus 5 x 0 Rio Branco e Independência 1 x 1 Atlético Acreano, em jogos disputados em dias diferentes. Um terceiro jogo ocorreu dias depois no estádio Cruzeirão, na cidade de Cruzeiro do Sul, quando Náuas e São Cristóvão empataram por 1 a 1. Nesta partida, Mané Garrincha jogou 20 minutos por cada equipe e marcou o gol do São Cristóvão após fazer fila na defesa do Cacique do Juruá diante de dois mil pagantes.

Hino do Náuas EC

Entre as tranças da mata altaneira

Cai a luz se induz dos festões

Empolgante brasileira

Nossa equipe se diz dos nossos brasões

É do Náuas a bela corte

E na rena se dispõe a lutar

Sempre altiva, sempre forte

Para o laurel conquistar

Sempre altiva, sempre forte

Para o laurel conquistar

Avante nobres lutadores

Sem temer, sem fugir

Defender as nossas cores

Nossa glória imortal no porvir

Avante nobres lutadores

Sem temer, sem fugir

Defender as nossas cores

Nossa glória imortal no porvir

Desfraldando o índio verde estandarte

O teu emblema de amor fraternal

Nós os filhos, filhos fortes

Temos o prazer triunfal

O inimigo temos o valor a vida

A conquista de um belo de um troféu

EM uma luta destemida

Longe de ti nos tristes ao léu

Avante nobres lutadores

Sem temer, sem fugir

Defender as nossas cores

Nossa glória imortal no porvir

Avante nobres lutadores

Sem temer, sem fugir

Defender as nossas cores

Nossa glória imortal no porvir

Defender as nossas cores

Nossa glória imortal no porvir