MANOEL FAÇANHA
O Imperador Galvez completou nesta sexta-feira (9) 13 anos de história no meio futebolístico acreano. O nome do clube é inspirado na história do poeta, diplomata e explorador espanhol Luís Gálvez Rodrígues de Arias.
Idealista e destemido, Luís Galvez fundou a República Independente do Acre no dia 14 de julho de 1899, justificando que “não podendo ser brasileiros, os seringueiros acreanos não aceitavam tornar-se bolivianos”. Implantou o governo do país, que os Estados Unidos classificaram como um país da borracha.
Com a proeza, Galvez passou a ser chamado de Imperador do Acre. No curto período de governança, ele instituiu as Armas da República, a atual bandeira, organizou ministérios, criou escolas, hospitais, um exército, corpo de bombeiros, exerceu funções de juiz, emitiu selos postais e idealizou um país moderno para aquela época, com preocupações sociais, de meio ambiente e urbanísticas. Também baixou decretos e enviou despachos a todos os países da Europa, além de designar representantes diplomáticos.
Por força do Tratado de Ayacucho, assinado em 1867 entre o Brasil e a Bolívia, Luis Gálvez rendeu-se à força-tarefa da marinha de guerra do Brasil no dia 11 de março de 1900, na sede do seringal Caquetá, às margens do rio Acre, para depois ser exilado em Recife, Pernambuco. Mais tarde foi deportado para a Europa.
Não satisfeito, anos depois, Galvez retornou ao Brasil, mas foi deporto pelo Governo do Amazonas para o Forte de São Joaquim do Rio Branco, hoje estado de Roraima, de onde fugiria tempos depois. Morreu na Espanha.
Fundação ocorreu dia 09 de fevereiro de 2011
Inspirado por outros clubes militares acreanos (Associação Atlhética Militar, Duque de Caxias, Militar FC entre outros), mas já extintos, o então Governado do Acre, o médico Tião Viana, juntamente com um grupo de militares, resolveu então criar o Imperador Galvez, precisamente dia 9 de fevereiro de 2011.
Menos de seis meses após a fundação, o Imperador Galvez já estava em campo disputando o Campeonato Acreano da 2ª Divisão. O acesso ficou bem perto, mas a vaga na elite escapou na decisão contra o Andirá, ao perder por 1 a 0. No ano seguinte, o sonho do acesso continuou vivo e, após gols do lateral direito Januário e do atacante Tonho Cabaña na decisão contra o Vasco da Gama, o Imperador carimbou o acesso.
Inserido na elite a partir da temporada 2013, o clube chegou a bater na trave por três oportunidades (2015, 2018 e 2019) antes de erguer a taça de campeão, precisamente na temporada 2020. Em competições nacionais o Imperador já conta com várias participações em copas do Brasil e Verde, assim como Série D.