O Rio de Janeiro, local do meu atual exílio voluntário, amanheceu nesta sexta-feira (22 de março de 2024), sob uma densa cortina d’água descendo do céu. Como o outono começou há dois dias no hemisfério sul, não sei se seria certo dizer que sejam as “águas de março fechando o verão”.
Todos os anos, por essa época, qualquer chuvisco me faz lembrar a música do maestro Tom Jobim. “(…) o passo, (…) a ponte, (…) o sapo), (…) a rã, (…) um resto de mato na luz da manhã, (…) as águas de março fechando o verão, (…) a promessa de vida no teu coração (…)”. Grande maestro!
Independente, porém, do que seja apropriado dizer, nesse sentido das águas e das estações do ano na metade de baixo do planetinha azul, o que eu sei mesmo é que neste finalzinho de março três importantes figuras do esporte acreano fazem aniversário: Auzemir (25), Ismael (26) e Elísio (27).
O Auzemir, que eu chamo de Félix desde os tempos em que jogamos juntos no infantil do Independência, sob o comando do radialista Campos Pereira, em mil novecentos e lá vai pedrada, nasceu na capital acreana, em 1957. Está completando, portanto, muito bem vividos 67 aninhos de vida!
Além do infantil do Independência, no futebol de campo ele defendeu as cores do time juvenil do Vasco da Gama, o Almirante da Fazendinha. Mas depois, o homem se apaixonou pelo futebol de salão e passou para a história como um dos melhores goleiros/dirigentes acreanos da citada modalidade.
O Ismael, volante desde quase sempre, é um paulista que trocou o futebol do interior do seu estado pelo futebol acreano, em 2003. Foi uma passagem vencedora pelo Estrelão, marcada por idas e vindas para times de diversos estados. Passagem essa que chegou ao seu final no ano de 2013.
Depois do Rio Branco, Ismael, que nasceu em 1979, vestiu apenas outra camisa no Acre: a do Atlético, em 2014. Cessada a vida como atleta, ele ensaiou uma carreira como treinador no próprio Galo, convidado pelo então presidente Edson Izidorio. Mas foi uma experiência rápida e pontual.
Enquanto isso, o Elísio, que nasceu em Brasiléia, em 1949, para além do excelente ponteiro-esquerdo que foi no Rio Branco (1965) e no Juventus (de 1966 a 1973), pode-se dizer que também foi uma figuraça das artes acreanas, dada a sua condição de integrante do conjunto Os Bárbaros.
Durante a segunda metade da década de 1960 e nos primeiros anos da década de 1970, Elísio dava um duplo show nos finais de semana. Na parte da tarde (sábado ou domingo), no gramado do estádio José de Melo, com a bola nos pés. Durante a noite, nos salões de baile, com a guitarra nas mãos!
Vida longa aos três personagens!