Galeria de troféus do Juventus contam títulos de várias modalidades esportivas. Foto/Luiz Cleber

Juventus revitaliza a sala de troféus e presidente diz que a volta ao futebol está perto

MANOEL FAÇANHA

O valor de um troféu exposto na galeria de um clube pode ser apenas simbólico para aqueles que não apreciam ou valorizam uma conquista do seu clube de coração, o que não é o caso do ex-jogador e presidente do Juventus, Luiz Cleber. O dirigente neste início de ano fez grande esforço e conseguiu revitalizar não somente dezenas de taças envelhecidas e corroídas pelo tempo, mas, também, revitalizou a sala de troféus da agremiação “José Aníbal Tinoco”.

Juventus – 1966. Em pé, da esquerda para a direita: Tinoco, Pedro Louro, Carreon, Carlos Mendes, Campos Pereira, Zé Augusto e Antonio Anelli. Agachados: Escurinho, Nemetala, João Carneiro, Zé Melo e Elias. Foto/Acervo Manoel Façanha

Luiz Cleber que fez parte de algumas conquistas da agremiação na sua época de atleta, explicou para a reportagem do site Na Marca da Cal/Acre News que jamais poderia em sua gestão deixar de valorizar a memória do clube. “Estamos trabalhando na revitalização do clube, não somente na sua parte de infraestrutura do campo, vestiários, alambrados, estacionamento, sala da administração/secretaria, mas também estamos dando uma atenção na valorização da nossa história (memória)”, disse empolgado o presidente Luiz Cleber.

Os irmãos Elísio, Elias (presidente) e Eliézio, com a faixa de campeões estaduais de 1969. Foto/Acervo Elísio Mansour

O próximo passo do dirigente será a confecção de uma grande painel com fotografias e jornais de época para contar um pouco da história desse clube épico de craques lendários do futebol acreano. “Estamos mentalizando esse pequeno projeto para também valorizar a memória de nossa agremiação e mostrar para aquelas pessoas que visitam o clube”, diz Luiz Cleber.

Histórico do clube

Juventus – campeão estadual de 1975. Em pé, da esquerda para a direita: Tinoco, Mustafa, Emílson, Elias Mansour, Maurício, Zé Maria, Assis, Pingo Zaire, Abraão, Marcos, Otávio, Xepa e Milton. Agachados: Carlinhos Bonamigo, Carlitinho, Walter Prado, Dadão, Hermínio, Julião, Cirênio e Antônio Maria. Foto/Acervo Manoel Façanha

Fundada no ano de 1966, dois anos após o Golpe Militar de 1964, mas afastado dos gramados desde 2014.

No ano de fundação, o Juventus mostrou que seria um clube vencedor ao levar para casa o troféu de campeão, o primeiro de nove conquistados na época do futebol amador (os outros oito títulos vieram em 1969, 1975, 1976, 1978, 1980, 1981, 1982 e 1984).

Juventus – 1995. Em pé, da esquerda para a direita: Venícius, Deca, Hélio, Ico, Arthur, Papelim, Josman, Cesinha, Charles, Railson e Gualter Craveiro. Agachados: Delci, Loló, China, Jorge Luís, Douglas, Sairo e Marcelinho. Foto/Acervo Marcelo Melo
Jogadores, comissão técnica e diretoria do Juventus comemorando com a torcida o título da temporada de 1990. Foto/Acervo Ivo Rodrigues.

Com a implantação do futebol profissional a partir de 1989, o Juventus, apesar de vencer as duas primeiras temporadas (1989/1990), resolveu, surpreendentemente, pedir afastamento dos gramados por dois anos: 1992 e 1993. O clube retornaria à disputa do estadual de 1994, mas não conseguiu superar o campeão Rio Branco. O troco do rubro-negro ocorreu em dose dupla, com a conquista do bicampeonato de 1995/1996.

Juventus – equipe de futsal 1981. Em pé, da esquerda para a direita: Eliézio (comissão técnica), Álvaro Curu (técnico), Zé Antônio, Tião Nemetala, Auzemir e Viana (diretor). Agachados: Mundoca, Casquinha, Fugiwara, Jorge Tijolo e Adrian. Foto/Acervo Francisco Dandão.
Carlos, capitão do Juventus, recebe das mãos de Enéas Souza e Campos Pereira o troféu de campeão estadual de 1996. Foto/Acervo Carlos Barros.

No ano seguinte, a cena voltou a se repetir e nem o fato de ser o bicampeão do estado impediria que os dirigentes juventinos voltassem a retirar o clube dos gramados. Foram seis anos de ausência, com o time rubro-negro dando as caras novamente somente na temporada de 2003, mas pedindo novo afastamento de um ano na temporada 2007. Nas seis temporadas seguintes (2008/2013), ao menos uma vez, o torcedor do Juventus então pôde soltar o grito de campeão, quando o time venceu a temporada 2009. 

AC Juventus – campeão estadual de 2009. Em pé, da esquerda para a direita: Som (técnico), Rickson (auxiliar-técnico), Dorielson Mendes (prep. goleiro), Arnaldo (prep. físico), Jeferson Castanheira, Obina, Ferreira, Muniz, Jeferson, William, Douglas, Márcio Bestene (médico) e Tita (massagista); Agachados: Rogério, Airson, Marcelo Cabeção, Hulan, Patrícia (fisioterapeuta), Araújo, João Paulo, Luís Rômulo, Antonio Marcos, Baiano, Thiago Carioca e Zidane. Foto/Manoel Façanha
Em 2009, o atacante Araújo beija o troféu de campeão, após terminar a temporada na artilharia com Josa e Ailton. Foto/Manoel Façanha

Fora do futebol, mas prestes a voltar

Há mais de uma década afastado do futebol profissional e de outras competições organizadas pela Federação de Futebol do Acre (FFAC), o presidente Luiz Cleber explica que o objetivo neste momento será reorganizar a infraestrutura do clube, algo prestes a se concretizar para voltar aos gramados.