Esse ano está passando muito rápido. Não sei se essa é a sensação geral. Pelo menos é a minha percepção. De repente, não mais que de repente, a pedra no “caminho” (primeiro eu escrevi “campinho”, mas depois percebi meu erro) já foi transposta. Ainda ontem era janeiro, agora já é novembro.
E então, o Fluminense, meu para sempre glorioso Tricolor das Laranjeiras, que começou esse Ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo como campeão da Libertadores da América, candidato, por questão de lógica, a ganhar tudo, eis que se transformou na maior draga da paróquia.
Depois de passar várias rodadas na zona do rebaixamento, ganhou umazinha aqui e ali, conseguiu dar uma respirada, mas continua perigosamente flertando com o descenso. Às vezes vence jogos contra adversários bem difíceis, outras vezes entrega o ouro para os mais fracos.
Não sei bem porque isso tem acontecido. Afinal, o elenco que conquistou a Libertadores de 2023 recebeu alguns reforços considerados de peso. Sim, eu sei, reforço de peso nem sempre significa melhoria do time. Mas acho que todos os tricolores entendiam que a tendência era melhorar.
Tem um amigo meu flamenguista que de vez em quando, semana sim outra também, enche o meu saco com as teorias mais mirabolantes para explicar a queda de rendimento do Fluminense. Teorias que eu escuto desconfiado, mas que depois me ponho a pensar se ele pode ter razão.
Uma das teorias dele é a de que baixou no Tricolor a síndrome de Robin Hood, aquele aventureiro inglês que, reza a lenda, roubava dos ricos para distribuir para os pobres. Isso, por assim dizer, explicaria porque o Fluminense ganha do Flamengo e perde para o Atlético Goianiense. Hein?
A outra linha teórica do “urubuzento” do meu amigo é a de que o Fluminense teria feito um pacto com um bruxo sul-africano (mas não necessariamente algum dono de redes sociais, viu?) para ganhar a Libertadores do ano passado, mas depois atrair para si sete anos de azar.
E tem outra: a de que a direção do Tricolor teria sido muito ingênua em acreditar na música popular de que “panela velha é que faz comida boa”. Tudo em referência aos reforços entrados na casa dos 30 e tantos anos, em detrimento da rapaziada que desponta nas categorias de base lá de Xerém.
São teorias que carecem de provas. Na falta de contra argumentação, eu acabo acreditando numas coisas e noutras não. Na minha fé inabalável, eu sempre penso que o próximo jogo vai ser o ponto da virada. E que amanhã, depois do sino badalar a meia-noite, pode acontecer tudo, inclusive nada!