Durante os quatro anos seguintes à inauguração da Arena da Floresta, o Rio Branco deu muitas alegrias aos torcedores acreanos. Jogar no estádio, inaugurado em dezembro de 2006, era um pesadelo para os visitantes. Sair com um pontinho da Arena era considerado um milagre!
Na própria partida inaugural, realizada uma semana antes do Natal do referido ano, sobreveio um triunfo memorável do Estrelão: 2 a 1 sobre a seleção brasileira sub-20, que meses depois se sagraria campeã sul-americana. Tudo indicava que um futuro radiante esperava o futebol local.
Em 2011, porém, começou a descida ladeira abaixo. Uma ladeira que, diga-se de passagem, ainda parece longe de chegar ao fim. Isso porque o Rio Branco se envolveu numa confusão judicial, para garantir um suposto direito de jogar na Arena, que havia sido momentaneamente interditada.
Punido por ter ingressado com uma ação na justiça comum, o Estrelão foi eliminado da série C de 2011, com a promessa de retornar à competição no ano seguinte (2012). Acontece que isso não se efetivou, por conta de outra ação judicial, interposta por um obscuro time paraibano.
Um acordo entre o time paraibano, o Rio Branco e a CBF, mediado pelo Superior Tribunal de Justiça, no primeiro semestre de 2013, extinguiu as ações que tramitavam em diversas instâncias jurídicas sobre o assunto e tratou de incluir o Estrelão na série C. Tudo parecia voltar ao devido rumo.
Ledo engano. O Rio Branco formou um time pra lá de escroto (peço perdão ao leitor pela palavra chula, mas não encontrei um adjetivo mais adequado para falar daquele grupo que disputou a série C de 2013 pelo Estrelão) e foi rebaixado para a série D, onde permanece até o presente.
O time montado pelo Rio Branco para a disputa da série C de 2013 era tão ruim que venceu apenas duas partidas em vinte disputadas. Começou perdendo por 2 a 0 para o Fortaleza, em junho, e terminou sua participação perdendo para o Sampaio Correa, por 2 a 1, em outubro.
Oito das dezoito partidas que o Rio Branco perdeu no campeonato brasileiro da série C foram disputadas em território acreano, a maioria delas na Arena da Floresta. Vitórias somente contra o alagoano CRB, em julho, e contra o mato-grossense Luverdense, em setembro. Ambas por um a zero.
Com essa última lapada de cinco a dois que o Rio Branco levou do Paysandu, no dia 14 de abril passado, pela partida de volta da segunda fase da Copa Verde, creio que não será exagero afirmar que a Arena da Floresta virou um belo Parquinho de Diversões para os visitantes. Uma lástima!