A quarta divisão do Campeonato Brasileiro começa domingo, com 68 clubes, o maior número de times na competição desde que ela foi criada. O motivo do inchaço foi um agrado da CBF, que vive momentos difíceis, às federações, suas aliadas de primeira hora quando precisa.
Com um número tão expressivo de equipes, nem o mais bem informado sobre o futebol brasileiro é capaz de apontar os favoritos. Existem clubes de todos os estados brasileiros mais o Distrito Federal.
Falar das Séries A e B, onde todas as partidas passam na televisão, fechada ou aberta, não é tão simples, que dirá da Série D, onde muitos clubes vêm de localidades onde informações aprofundadas sobre os campeonatos estaduais, a fonte principal para palpitar sobre as chances de um time no Brasileiro, mal saem na imprensa – a propósito, o Campeonato Amapaense começou na semana passada.
Um mais ligado pode dizer que o favorito é o Audax, vice-campeão Paulista de 2016. Mas sabe o que aconteceu com esse audacioso clube – aliás, criado para ser vitrine de jogador -, que chegou a final do mais competitivo estadual do País: pelo menos seis destaques do time foram negociados pós-Paulista. Outros menos prestigiados também saíram. Sobrou o quê? Nada.
A primeira fase da Série D terá quatro times em cada grupo. Classificam-se apenas um de cada grupo, dos 17 existentes, mais os 15 melhores segundos colocados. Daí, começa a fase do mata-mata com 32 times, depois 16, oito, quatro e a final.
Não dá para saber o que vai acontecer, ainda mais quando a competição não oferece partidas de todos contra todos, formato de disputa com menos risco de análise.
Sendo assim, Atlético e Rio Branco, os representante acreanos, são tão favoritos quanto o Icasa, Ituano, Caxias, Caldense, só para citar alguns participantes.
A melhor tática é ler os adversários com a desconfiança de um velho sábio. E a aposta está principalmente no seu time e não no que a outra equipe possa produzir.
Mais uma coisa: fase de grupos é igual à competição de pontos corridos. Fazer três pontos em jogo em casa é obrigação. Já atuando na casa do adversário, um empate basta, entre as três partidas fora. Depois, no mata-mata, é salve-se quem puder – se possível fazendo gol no campo do oponente, mesmo que seja derrotado.