As Olimpíadas do Rio de Janeiro estão às portas. Daqui a mais um instantinho começam as disputas. Atletas do mundo inteiro, assim como turistas, estarão na chamada “Cidade Maravilhosa”. E milhões de pessoas que não puderem vir ao Brasil pregarão os olhos nas telas da televisão.
Os Jogos Olímpicos são a competição esportiva mais antiga que se tem notícia. De acordo com os relatos históricos, começaram na Grécia por volta do século VIII a.C. e eram realizados na cidade de Olímpia (daí o nome “Olimpíadas). Já naquele tempo faziam sucesso e atraíam multidões!
Do ponto de vista da mitologia, foi o herói Hércules quem criou os Jogos de Olímpia. Filho do deus Zeus com uma mortal, Hércules teria sido incumbido de realizar doze tarefas. Depois de concluí-las, o herói teria decidido realizar um festival esportivo em homenagem ao seu divino pai.
Nesses jogos de antigamente, disputavam-se três modalidades: as corridas de “bigas” puxadas por cavalos; as lutas (entre as quais uma parecida com boxe); e o pentatlo, que se destinava a superatletas, composto por salto, lançamento de dardo, lançamento de disco, corrida e luta. Ufa!
Depois de algumas edições, por qualquer que tenha sido a razão, os gregos deixaram de lado o suor das disputas e passaram a se dedicar a outro passatempo. Eu não tenho bem certeza do que aconteceu. Mas há quem diga que eles entenderam que os embates políticos eram mais interessantes.
Não fosse um sujeito chamado Barão de Coubertin, que ressuscitou os Jogos Olímpicos em 1892, o Rio de Janeiro não estaria fazendo o maior esforço para sediar a edição que ora se aproxima. Foi ele quem resgatou a chama olímpica do ostracismo. E assim é que vivemos a atual expectativa.
Falar nisso, pelo que eu tenho lido, visto e escutado por aí, são duas as principais expectativas dos brasileiros no que diz respeito a esses Jogos Olímpicos. Primeiro: se vai ocorrer tudo dentro da normalidade. Segundo: se o Brasil vai ficar entre os dez países com maior número de medalhas.
No que diz respeito à normalidade, o aparato de segurança tem sido de uma grandiosidade poucas vezes vista. Nos aeroportos, desde segunda feira passada, não passa nem “rato ensebado” sem revista minuciosa. É preciso deixar bem longe da festa tanto terroristas quanto trombadinhas!
No tocante ao número de medalhas do Brasil, eu tenho minhas dúvidas se o país ficará entre os dez primeiros. Não existe por aqui uma política que cultive talentos em busca e um lugar no alto do pódio. Para dar um jeito nisso, só se fosse possível juntar Hércules e o Barão de Coubertin!