MANOEL FAÇANHA, COM INFORMAÇÕES DO GLOESPORTE.COM
A Paralimpíadas do Rio 2016 teve pódio acreano. Na manhã de ontem, no Estádio Olímpico (Engenhão), Edson Pinheiro, natural de Cruzeiro do Sul, conquistou medalha de bronze nos 100m rasos T38, para paralisados cerebrais, em 11s26.
O acreano que nasceu no seringal do interior do Acre foi superado apenas pelo chinês Hu Jianwen, que quebrou o recorde mundial (10s74) e também pelo bicampeão Evan O´Hanlan, da Austrália, que levou a prata (10s98).
Filho de um ‘soldado da borracha’ Edson adquiriu a paralisa no braço direito após ausência de oxigenação no cérebro. A vida no esporte iniciou com o tênis de mesa em 2001, mas logo o cruzeirense migrou para o atletismo e dois anos depois acabou convocado para seleção brasileira.
Desclassificado nos 400m em Pequim 2008 e em Londres, Edson tinha resultados medianos nas Paralimpíadas anteriores. O melhor deles era um quarto lugar nos próprios 100m rasos na China. Oito anos depois, o acreano finalmente deu um passo adiante e subiu ao pódio. O bronze no Mundial de Lyon 2013 e a prata em Doha 2015, por sinal, já indicavam que a missão, enfim, seria completada no Rio.
FRASE
“É maravilhoso. Dentro de casa, com essa torcida empolgante, e poder ganhar essa medalha é muito bom, é um momento único. É minha primeira vez em um pódio de Paralimpíada. A prova era muito forte e quem largasse melhor teria grandes chances. Eu estava treinado, mas 100m é um tiro. Fui dormir 3h da manhã pensando: “Amanhã é meu dia”. Era o que estava faltando”.
Volta à pista
Na próxima quinta-feira, Edson Pinheiro volta ao Estádio Olímpico para disputa do salto em distância. Agora, bem mais relaxado. A missão já está cumprida: ele é um medalhista paralímpico.