MANOEL FAÇANHA
O sonho da Chapecoense de conquistar o título da Copa Sul-americana ficou pelo caminho na noite da última segunda-feira (28). A aeronave da LaMia que transportava o clube catarinense até o Aeroporto Internacional José María Córdova, em Rionegro, Colômbia, visando o confronto decisivo da noite de hoje contra o Atlético Nacional, enfrentou problemas técnicos e caiu antes do pouso, causando 71 mortes.
Médico
Entre as vítimas fatais da maior tragédia do futebol mundial está o médico acreano Marcio Bestene Koury, de 44 anos. O profissional, antes de fazer parte da Chapecoense, trabalhou no departamento médico do AC Juventus, Rio Branco e Atlético Acreano, todos da capital. Koury, além de médico com especialização em medicina desportiva, também era engenheiro. Ele deixa esposa e duas filhas, de seis e 11 anos.
Na manhã de ontem (29), o tio do médico, o empresário José Bestene, de 55 anos, disse que o momento é de dor e que está sendo muito duro acompanhar toda a situação de longe.
– Agora a gente está procurando informações oficiais. A irmã dele está em Lisboa e a mãe fazendo exames em Goiânia. Antes de viajar, ele postou uma foto na poltrona do avião. Estava feliz, mandou fotos também para a mulher. É um momento duro e de muita dor – lamentou.
Redes sociais
Nas redes sociais, amigos do médico, e clubes (Atlético Acreano, Rio Branco e Clube do Remo) lamentaram a perda do profissional. A Associação dos Cronistas Esportivos do Acre (Acea) emitiu nota, onde lamentou o acidente e a perda do médico e demais integrantes da Chapecoense-SC.
Na tragédia morreram 71 pessoas, na maioria jogadores, jornalistas e parte da tripulação. O acidente entra para o rol das maiores tragédias na América Latina. A aeronave levaria 77 pessoas a bordo: 68 passageiros e 9 tripulantes.